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Vejo nas férvidas aguas Mirrados corpos banhar, E de balde aos surdos Ceos Convulsos braços alçar. Olhos meus, etc. Vejo de perdido pranto Tristes ais acompanhar, Com as lagrimas alhêas Vou as minhas misturar. Olhos meus, etc. Que importa ver Ninfas bellas, Se accrescentão meu pezar? Gostão de attrahir os olhos, E as almas tyrannlzar. Olhos meus, etc.
Ora eu já vi, em Braga, dançar o santo David. Era um cancan a só, um requebro desnalgado, um alçar de perna bruta e rija que, se apanhasse a arca, daria com ella na cara do sol.
Por mais que vos alongue olhos cansados, Olhos ha tanto tempo descontentes, Não vedes mais que pallidos doentes Por mãos estranhas n'agoa sustentados. Quantas vezes ficastes magoados Por ver ir entre as fervidas correntes Envolvidas mil lagrimas ardentes Do que em vão quer alçar braços mirrados!
E para que foi que este povo, achando-se apertado no solo que as suas espadas conquistaram, se aventurou aos mares a alçar a sua bandeira em terras até então desconhecidas, levantando imperios na India e na America, avassallando novos mundos onde a familia portugueza póde viver como na patria porque são patria tambem de portuguezes. Mas basta.
Oh bem affortunado Tu, que alcançaste com lyra toante, Orphêo, ser escutado Do fero Rhadamante, E co'os teus olhos ver a doce amante! As infernaes figuras Moveste com teu canto docemente; As tres Furias escuras, Implacaveis á gente, Applacadas se vírão derepente. Ficou como pasmado Todo o Estygio Reino co'o teu canto; E quasi descansado De seu eterno pranto, Cessou de alçar Sisypho o grave canto.
De mais a mais, eu não sabia como alçar o estylo prismatico, de adjectivos rutilos, de modo a deslumbrar a critica soez, e a não desafiar o sorriso gaiato dos dandys pela importancia que eu dava á minha sanidade physiologica restaurada pela mão de vacca.
«Inebriado pela seducção de seu olhar magnetico, e lisongeado pela magia de celestial encanto que me sorria ao longe por entre o anil da minha primavera; eu, atomo insignificante, ousei, um dia, alçar a minha fronte obscura para aquelle astro de divina poesia.
Portugal anda ha muito n'estas crises; Na terrivel pressão de tantas mós, Vae moendo farinha p'ra os felizes Que contentes lhe cantam Venha a nós! Mas se um dia a revolta alçar a voz Em delirios cruentos, nos paizes Onde endémica lavra a devorite,
A este tempo mandou juntamente alçar a mesa, e levar a luz á escada.
Os bons convites antigos, Antes de se tudo alçar, Erão pera conversar Os parentes e os amigos, Que não pera arrebentar. Os mezes mais calmosos do anno, julho e agosto, passavam-o os dois em a fonte da Barroca. A meza era frugal, a remir dias, placidamente, em suave conversação. Ali não mordia a graça, Erão iguais os juizes, Não vinha nada da praça, Ali da vossa cachaça, Ali das vossas perdizes!
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