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Atualizado: 25 de maio de 2025


Converteo-se-me em noite o claro dia; E se alguma esperança me ficou, Será de maior mal, se for possibil. Lembranças saudosas, se cuidais De me acabar a vida neste estado, Não vivo com meu mal tão enganado, Que não espere delle muito mais. De longo tempo ja me costumais A viver de algum bem desesperado: Ja tenho co'a Fortuna concertado De soffrer os tormentos que me dais.

Que m'aproveitão os ceos, Onde minha essencia mora Com tanto poder, se agora A quem me adora por deos, Sirvo eu como a senhora? Oh quão estranha affeição! Quem em baixa cousa vai pôr A vontade e o coração, Sabe tão pouco d'Amor, Quão pouco Amor de razão. Mas que remedio hei de ter Contra mulher tão terribil, Que se não póde vencer? Alto Senhor, teu poder O difficil faz possibil.

Se te pareçe inopinado feito, Que Rei da vltima Hisperia ati me mande, O coraçam ſublime, o regio peito, Nenhum caſo poſsibil tem por grande. Bem pareçe que o nobre & gram conceito Do Luſitano eſpirito demande Maior credito, & fe de mais alteza, Que crea delle tanta fortaleza.

FRONDELIO. Umbrano, a temeraria segurança Qu'em fôrça, ou em razão não se assegura, He falsa e vãa; que a grande confiança Não he sempre ajudada da ventura. Que junto das aras da esperança, Némesis moderada, justa e dura, Hum freio lhe está pondo e lei terribil, Que os limites não passe do possibil.

Senhora, não hajais medo: Contae-m'isso, e far-me-hei mudo. Senhor, o homem sisudo, Se em taes cousas tẽe segredo, Saiba que alcançará tudo. A Senhora Dionysa Crede que mal vos não quer: Não vos posso mais dizer. Isto tende por balisa Com que vos saibais reger. Qu'em mulheres, se attentais, O querer está visibil; E se bem vos governais, Não desespereis do mais, Porque, emfim, tudo he possibil.

Sem fim e sem princípio, hum Ser contino; Hum Padre grande, a quem tudo he possibil, Por mais que o difficulte humano atino: Hum saber infinito, incomprehensibil; Huma verdade que nas cousas anda, Que mora no visibil e invisibil. Esta potencia, emfim, que tudo manda, Esta Causa das causas, revestida Foi desta nossa carne miseranda. Oh Christão descuidado e negligente!

Quem do vil contentamento deste mundo visibil, Quanto ao homem for possibil, Passar logo entendimento Para o mundo intelligibil; Alli achará alegria Em tudo perfeita, e cheia De tão suave harmonia, Que nem por pouca recreia, Nem por sobeja enfastia. Alli verá tão profundo Mysterio na summa Alteza, Que, vencida a natureza, Os mores faustos do mundo Julgue por maior baixeza.

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