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Atualizado: 15 de junho de 2025


Tres dias depois de casado, mestre Romão sentiu em si alguma cousa parecida com inspiração. Ideou então o canto esponsalicio, e quiz compol-o; mas a inspiração não pode sahir. Como um passaro que acaba de ser preso, e forceja por transpor as paredes da gaiola, abaixo, acima, impaciente, aterrado, assim batia a inspiração do nosso musico, encerrada n'elle sem poder sair, sem achar uma porta, nada.

As loucuras vieram depois... O marinheiro que canta as arias escocezas, onde está? Chamem-n'o. Não, não o chamem que me vae fazer chorar. Nós escutavamol-a; a sua alma fallava como um passaro canta ao morrer. As nuvens desfaziam-se, o azul aclarava, ia apparecer o sol. Vejam isto, continuou ella. Em nova diziam-me és bonita, amo-te! E agora que morro aqui, quem se lembra de mim?

E então eu, que sempre ando Passaro solitario, humilde e escuro, Tornado hum cysne puro, Brando e sonoro, por o ar voando, Com canto manifesto Pintára a minha pena, e o vosso gesto. Emfim, he hum thesouro; Perolas dentes, e palavras ouro.

Pois hei-de vir, filha, hei-de vir! e pondo-lhe na face uns beijos sonoramente cantados, a Amelinha, affogueada pelas irradiações do Xerez, muito alegre como um passaro na Primavera, desceu o véo de tulle branco sobre o rosto e sahiu, batendo com grande estrondo a porta da campainha.

E desappareceu por entre os choupos da margem do rio. Alguns momentos depois tornou a apparecer, mostrando triumphante um passaro ribeirinho que acabava de matar! As illusões de Angelo soffreram um novo golpe. Que caçada era aquella em que os caçadores se alvoroçavam tanto com a morte d'um passarito? Para que serviam então tantas balas, tantas facas de matto e tantos saccos e correões de caça?!

Bem sei que não se dorme hoje; que não ha chapéo de côco de amanuense ou kepi de militar, direi mesmo chapelinho de pellucia com laçarotes de setim e seu competente passaro empalhado, de menina, que não correr as viellas, perder-se na onda, confundir-se com os rabichos, gosar com elles.

Offrecia a espessura Hum temeroso espanto: As roucas rãas soavão N'hum charco de água negra e ajudavão Do passaro nocturno o triste canto: O Tejo com som grave Corria mais medonho que suave. Como toda a tristeza No silencio consiste, Parecia que o valle estava mudo.

Eu gosto de toda a passarinhada respondeu ella com as denguices infantis da Lili de Goethe. O cuco é passaro de máo agoiro! tornou elle Eu, com medo de tal ave, não quiz casar. Tecla riu-se descompassadamente, provando que conhecia a línguagem symbolica da ave agoureira. E o cego, n'esta entreaberta de galhofa, beliscou-lhe a polpa do braço esquerdo. Ai! exclamou ella Isto que foi?!

Mas os trilhos, arenosos e pedrentos, eram apenas habitados pelo cardo que esgalhava os ramos espinhosos, abertos em feridas, feios, disformes como aleijões. Não se ouvia cantar um passaro o gypaeto atravessava o espaço fulgurante ou grandes aguias hostis, pousadas no cabeço das penhas, devassavam os arredores buscando o que prear. Maria offegava seguindo o esposo.

E o passaro que chilreava em cima, alcandorado no ramo superior, foi perdendo, pouco a pouco, a fórma que tinha e como a gente n'um quadro dissolvente foi transformando a cabeça pequenina de ave n'uma cabeça de homem, com cabellos annellados, os olhos pretos e vivos, o bigode farto, e um dôce sorriso de pae...

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