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Atualizado: 20 de julho de 2025
O conego Dias ia explicando pachorrentamente ao parocho «o que lhe arranjára». Não lhe tinha procurado casa: seria necessario comprar mobilia, buscar criada, despezas innumeraveis! Vossê está alli como em sua casa! Tem o seu cozido, prato de meio, café... Vamos a saber, Padre-Mestre: preço? disse o parocho. Seis tostões. Que diabo, é de graça! Tem um quarto, tem uma saleta...
Oh, Ameliasinha! oh, filha! não te trocava por uma rainha! Ella desceu. O parocho, dando uma arranjadella ao leito, ouvia-a em baixo fallar tranquillamente com o tio Esguelhas; e dizia comsigo que era uma grande rapariga, capaz d'enganar o diabo, e que havia de fazer andar n'uma roda viva o pateta do escrevente.
A S. Joanneira interrompeu a meia, e tirando a luneta: Ai, não imagina, senhor parocho, é o milagre dos milagres! Se é! se é! disseram. Houve um recolhimento devoto. Mas então...? perguntou Amaro, todo curioso.
No eloquentissimo prologo do «Parocho d'aldeia» ha mais profundeza, energia e solemnidade do que nos mais bellos capitulos do «Genio do christianismo» de Chateaubriand. Este admiravel prologo é um verdadeiro poema philosophico, onde se revela um raciocinio vigoroso alliado a uma pujante imaginação e ardentissima sensibilidade.
Amaro tinha um sorriso livido, partindo devagar a sua torrada, com os olhos fitos na chavena. Amelia, na presença de João Eduardo, agora, não tinha com o parocho a mesma familiaridade alegre, mal levantava os olhos da costura; o escrevente calado chupava o cigarro; e havia grandes silencios em que se sentia o vento uivar, encanado na rua.
Conhecia a tecedeira d'anjos ha mais d'oito annos, de lhe fallar e de a vêr na cidade quasi todas as semanas. Ainda no sabbado passado a vira sahir da taberna do Grego... O senhor parocho já tinha ido á Barrosa?
Deixar lá a D. Maria, hein? Vamos nós vêr a quinta... Por aqui, senhor parocho... Estavam defronte d'um velho muro onde cresciam clematites. Amelia abriu uma porta verde; e por tres degraus de pedra desconjuntados desceram a uma rua toldada por uma larga parreira.
A criada entrára com sezões no hospital; a casa fôra fechada; o cão, abandonado, gemia a sua fome pelos portaes. Era um gôso pequeno, extremamente gordo, que tinha vagas semelhanças com o parocho. Com o habito das batinas, avido d'um dono, apenas via um padre punha-se a seguil-o, ganindo baixo.
Aqui lh'a deixo, senhor parocho, disse a velha. Vou á Amparo da botica, e venho depois por ella... Ora vai, filha, vai, Deus t'alumie essa alma! E sahiu, com mesuras a todos os altares.
João Eduardo fez-se pallido da coléra que lhe davam aquelles modos de dono da casa. Esteve ainda um momento, hesitando mas vendo o parocho abrigar a luz, com a mão, contra o vento da rua: Bem, boa noite, disse. Boa noite.
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