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Quem a visita, na sua casa de Paris, encontra-a sempre rodeada das suas gentis filhas que estremece e adora, e absorvida pela leitura dos seus authores predilectos.

Chamava-se Vladimira; nascera ao de Nidji-Novogorod; e fôra educada por uma tia velha que admirava Rousseau, lia Faublas, usava o cabello empoado, e parecia a grossa lithographia cossaca d'uma dama galante de Versalhes... O sonho de Vladimira era habitar Paris; e fazendo ferver delicadamente as folhas de chá, pedia-me historias ladinas de Cocottes, e dizia-me o seu culto por Dumas filho...

A capital deste paiz, remido para a liberdade ha vinte e cinco annos á custa de torrentes de sangue, presenciou com assombro um espectaculo digno dos bons tempos da tyrannia. Quando em carruagens esplendidas passavam, commodamente reclinados, os confrades daquelles que, no extremo Oriente, andam occupados em apagar os vestigios dos nossos martyres; quando, ao lado delles, se viam essas pobres mulheres enviadas de Paris para instrumentos dos planos de ultramontanismo, o lodo das ruas espadanando debaixo das suas carruagens ia salpicar a estamenha monastica, o grosseiro crucifixo de metal de outras mulheres que perpassavam com a fronte inclinada para o chão, com as faces retinctas na pallidez que ahi tinha imprimido o longo padecer de longas miserias. Eram as irmãs de caridade portuguesas, declaradas schismaticas pelo synedrio da rua de S. Lazaro em Paris, como a sua patria era declarada schismatica pela congregação da Propaganda, não sabemos de que rua de Roma. As irmãs portuguesas estavam irregulares: tinham obedecido aos bispos instituidos apenas por Christo, e não ao geral dos lazaristas creado por ninguem menos do que por Urbano VIII: tinham apenas seguido

Esse estado de imaginação não pode prolongar-se mais tempo, sem romper por ahi em alguma doença que o sacrifique. Se quizer salvar-se, saia-me d'aqui, emquanto é tempo. Quebre por todos os habitos, e escolha entre as fortes impressões de uma grande capital, como Paris ou Londres, ou as mornas sensações de um completo viver de aldeia.

CARTA 1.^a Paris, 1860. «Nem eu sei como relatar-te a minha viagem. Feliz teria ella sido, por certo, se te tivesse visto sempre a meu lado. Mas... não digo bem... a tua terna imagem acompanhou-me sempre.

Vi no expresso de Paris a Linda e Lauretto Mina. Um amigo. Antonino, estendido sobre o divan do quarto, dormia um somno pesado, respirando a custo. Um pouco antes das nove horas, o criado entrou, apesar do visconde não ter chamado. Antonino acordou ao ruido feito pela porta ao abrir-se.

Trajava pelo ultimo figurino de Paris: o pescoço, vexado em enorme collarinho, que devia medir um palmo, aproximadamente; as pernas enfronhadas em apertada calça, que ameaçava desconjuntar-se a cada movimento; o , encaixado n'uma bota de lustroso verniz, obrigando-o a andar em passo de dança por causa dos callos que o molestavam; a luzente cabeça, sepultada em fino chapéu, cuja altura não excedia tres pollegadas.

Contar uma dôr é consolal-a. Desde que me determinei a escrever estas confidencias, ha no meu peito um alivio e como um movimento de dôres crueis que desamparem os seus recantos. O principio das minhas desgraças foi em Paris. comecei a morrer. Lembra-me o dia, a hora, a côr da relva, a côr do meu vestido. Foi no fim do penultimo inverno, em maio. Elle estava tambem em Paris. Viamo-nos sempre.

No «boudoir», viu elle o pequeno cofre que a marqueza trazia sempre comsigo nas suas viagens, e nas suas mudanças de Paris para Saint-Martin e de Saint-Martin para Paris. Acudiu-lhe á mente a ideia de o abrir. Veiu até junto do cofre e tentou erguer-lhe a tampa. O cofre estava fechado á chave.

Não era de Paris que se fallava, era de Villalva, da sua paz e das suas alegrias.

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