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Atualizado: 1 de junho de 2025


Antes, porém, seja-me licito notar que, acceite a origem obsessiva dos delirios systematisados, dois factos, que os alienistas francezes não lograram explicar senão phantasiosamente e em contradicção com os dados mais positivos da observação clinica, recebem uma interpretação simplicissima: refiro-me á inquietação dos perseguidos quando o seu delirio aponta, e ás hesitações de grande numero de paranoicos na exhibição dos seus conceitos falsos.

Erro de Foville sobre as relações dos delirios systematisados com as allucinações; como se perpetuou na psychiatria franceza Uma antiga idéa de Magnan, exposta por Legrain, sobre este assumpto; falsidade d'essa idéa Primitividade da concepção sobre a allucinação nos delirios paranoicos Uma rectificação de Magnan.

Alargando a area extensiva da Paranoia, Westphal integrou no quadro clinico d'esta psychose as obsessões, que, não offerecendo a marcha e evolução das idéas delirantes dos paranoicos, teem, comtudo, como ellas, uma origem primitiva e espontanea; d'aqui a creação de uma variedade, Paranoia abortiva ou rudimentar ou frustre, para designar a loucura obsessiva ou das idéas fixas.

Ainda como os seus predecessores, Westphal insistiu na falta de tendencias da Paranoia para a demencia; a debilidade mental que por vezes se nota nos paranoicos, é prévia e não consecutiva, e não póde, por isso, servir para caracterisar a psychose, mas o terreno em que ella germina.

A resposta parece-nos poder derivar-se da doutrina formulada por Tonnini: Estes delirios são paranoicos; e a psychonevrose que os precedeu, impotente em si mesma para os crear, provocou-os todavia, estimulando a peculiar actividade ideativa de um cerebro degenerescente.

Se as idéas que formam o contheudo dos delirios paranoicos, não traduzem um esforço de reflexão exercendo-se sobre estados emotivos, nem reconhecem por causa os erros sensoriaes, como cremos ter provado, a conclusão se impõe de que ellas surgem na consciencia á maneira de obsessões.

Erros doutrinarios de Lasègue e Foville sobre a interpretação pathogenica dos delirios systematisados; como se perpetuaram na psychiatria francesa A autoobservação e o raciocinio não representam um papel na génese dos delirios paranoicos Depoimento dos factos A primitividade dos delirios paranoicos; sua origem ideativa.

Mas como, repetimol-o, a lucta é tanto menos intensa quanto mais forte é o Eu ancestral e mais instavel o de recente formação, a angustia obsessiva e a inquietação paranoica podem reduzir-se a insignificantes proporções: tal é o caso dos impulsos nos criminosos habituaes e dos delirios d'emblèe nos paranoicos originarios.

Será necessario affirmar n'esta altura do nosso trabalho que a primitividade das allucinações nos delirios paranoicos é ainda uma ficção, que o exame despreoccupado dos factos annulla e apaga?

Tanzi e Riva fazem notar em primeira linha a crença profunda e inabalavel dos paranoicos nas suas concepções delirantes, mau grado todos os raciocinios que as demonstram falsas, mau grado a evidencia dos factos, que as contradicta, e a realidade das coisas, que as choca; essa crença, inaccessivel a argumentos, superior a controversias, resistente ás suggestões do mundo objectivo, é verdadeiramente uma tão integral e tão pura como a das velhas almas religiosas em face dos dogmas e das doutrinas revelladas.

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