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O delirio de perseguições descripto por Lasègue é um dos representantes d'este grupo; um outro seria, segundo Foville, a megalomania, que elle define como um delirio de grandezas logicamente coordenado, associando-se a allucinações chronicas e, no seu periodo de estado, a idéas de perseguição.

A confusão principiou sómente quando o professor de Vienna, creando a variedade aguda da Verrücktheit, integrou no quadro d'esta psychose delirios systematicos e até dissociados em que as allucinações desempenham um papel dominante. Será licito manter uma tal confusão?

Esta ordem de idéas imprime desde então o seu cunho ao conjunto das concepções e allucinações: os doentes fallam de grandes personagens que vêem por toda a parte, desconhecem a identidade real dos individuos, que os cercam e crêem que imperadores, imperatrizes e principes os visitam ou lhes enviam mensagens.

Na manhã seguinte a harpa de Beatriz era transportada para junto do leito do doente, e sob os dedos de Bertha o magico instrumento, que serenava as furiosas allucinações de Saul, provou mais uma vez a sua efficaz influencia moral. D. Luiz escutava-a commovido, e quasi sempre corriam-lhe as lagrimas ao expirarem as vibrações das ultimas notas.

A razão d'isto, no dizer de Foville, vem de que na loucura parcial as allucinações primitivas são, como estabelecera Lasègue, preponderantemente, senão exclusivamente as do ouvido, de um caracter, em regra, penoso ao principio e de molde, portanto, a gerarem um delirio depressivo.

Todas as relações do Eu com o exterior se encontram radicalmente pervertidas no paranoico; e isto não tanto pela interferencia das allucinações, que são apenas symptomas, como pela caracteristica tendencia do doente á comprehensão egocentrica do mundo. E não as relações do Eu com o meio ambiente, mas as que elle mantem com o corpo, se encontram alteradas.

Como Lasègue, Legrand du Saulle na symptomatologia da doença um logar preponderante ás allucinações auditivas, precedidas frequentemente de illusões do mesmo sentido. «O doente, escreve o auctor, começa por dar uma falsa significação aos ruidos reaes que escuta: uma porta que se abre, pessoas que fallam na rua, uma palavra pronunciada ao d'elle, os passos de alguem, tudo é materia do delirio.

A partir d'esse dia, allucinações auditivas, que até então parecia não terem existido, irromperam com extranha violencia; ao mesmo tempo apossou-se do doente um sentimento intenso de terror e de anciedade que o levou, poucos dias depois do traumatismo, a projectar-se de uma janella abaixo, fazendo uma luxação.

As verdadeiras allucinações começam, em geral, mais tarde e n'uma epocha variavel» . Legrand du Saulle, Obr. cit., pag. 43. Como Lasègue, Legrand du Saulle admitte um periodo de declinação na doença, que, sendo, em regra, incuravel, póde terminar pela cura n'uma quinta parte dos casos.

Baseia-se para essa separação em dois factos: de um lado, a ausencia de allucinações nos alienados litigantes; do outro, a radical incapacidade destes enfermos para se elevarem á noção de direito, como facto objectivo, o que denuncía uma suspensão de desenvolvimento psychico nos dominios ethicos, tal como se nos criminosos.

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