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Atualizado: 12 de julho de 2025
Parallelamente á muralha, alonga-se uma continuidade de penhascos onde os cardos vegetam, e algumas figueiras bravas se contorcem rachiticas. Junto ao sólo, uma caverna abre a sua negra fauce misteriosa. Para alem do pequeno outeiro comprehendido entre a muralha e os penhascos, mal distinguimos ainda o horisonte vasto, árido, sêcco, argiloso e triste. Choveu. Pairam no ambiente exhalações humidas.
Luar de Lisboa! aonde o ha egual no Mundo? Lembra leite a escorrer de tetas nuas! Luar assim tão meigo, tão profundo, Como a cair d'um céo cheio de luas! Não deixo de o beber nem um segundo, Mal o vejo apontar por essas ruas... Pregoeiro gentil lá grita a espaços: «Vae alta a lua!» de Soares de Passos. Formoza Cintra, onde, alto, as aguias pairam, Cintra das solidões! beijo da Terra!
Abençoa a labuta sem treguas, em busca do punhado de arroz de cada dia; ora exercida no lar immundo, sem sombra de conforto; ora exercida pelos campos, nas varzeas, nas collinas, no amanho da terra, sob a oppressão constante dos raios do sol que escalda, ou dos frios que paralysam; ora exercida nos barcos, que se cruzam na podridão dos estuarios, ou pairam sobre a onda adormecida durante as calmas torpidas, ou se desfazem no escarceo, quando os tufões rugem em furia.
As fragarosas Quebradas que o luar beija, misteriosas Furnas, boccas de terra, murmurantes, Arvoredos extaticos orando, Rochedos, na penumbra, meditando, Desfeitos em ternura, esvoaçantes, Pairam tambem no espaço comovido, Das primeiras estrelas já ferido, Todo em luar e sombra amortalhado... E eu choro sobre um monte abandonado...
Ahi tomava-a um acanhamento, que já não conseguiria vencer, mas nas lides domesticas, na vida do lar era d'essas corajosas luctadoras, a quem a desventura não derruba, cuja intelligencia por tudo se reparte; d'estes genios providenciaes, que pairam sobre o estreito horisonte da familia, activos, laboriosos, achando nas fadigas um prazer, nos sacrificios estimulos para mais amar, nos sorrisos que provocam, nas dores que alliviam, nas lagrimas que enxugam, premio bastante para compensar as penas que soffrem.
Entre as creações phantasticas da poesia popular da Servia devem contar-se as vilas, a que chamamos feiticeiras, á falta de melhor vocabulo, mas que são creaturas mysticas, que presidem aos votos do povo e que pairam silenciosamente sobre a existencia dos homens. São ligeiras e bellas, diz Reinach; o vento brinca, passando, com os seus longos cabellos.
Podesse o teu sangue dar a vista ao que te fere com mão obstinada. Ao menos, que o teu ultimo arranco afaste para bem longe o bando dos abutres selvagens que pairam sobre ti, Prometheu, algemado em terra, mas, que ainda nas convulsões da agonia mostra a animação do fogo divino da liberdade. Oh! mas o que vale ao poeta desterrado contemplar a ruina da patria!
Assim o requer o equilibrio do cosmos. Á poesia a lyra que insinua no coração da mulher as phantasias com que mais se alinda e encarece; á prosa as delicias d'essas bellas cousas, o dominio das aves do paraiso, que os poetas farejam, á laia de nebris que pairam a denuncial-as ao caçador sagaz.
N'esta indole triste os primeiros vôos da musa pairam por sobre as velhas torres gothicas e mouriscas, as cathedraes rendilhadas, os castellos agoirentos e enegrecidos. Era a primeira chama que se ateava n'esse insoffrido.
Fez-se moço e grande pelas serras brutas, Onde as aguias pairam, onde o roble medra, E onde os fragaredos barbaros, com grutas, Se encastelam crespos, infernaes, em lutas, Tal como tormentas de trovões de pedra! Cada serrania alcantilada e brava, Sob o azul d'Agosto, côr de fogo e pó, Recozida a febre e atordoada em lava, Lagrimeja apenas d'uma rocha cava Pranto, que o bebera uma ovelhinha só!
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