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Atualizado: 22 de maio de 2025
Não lhe foi indifferente aos nervos a curta estada no Minho; socegou. Mas o Minho deu-lhe todos os attractivos em pouco tempo; cansou-a a serenidade. Estava grata á pobre terra que lhe dera um arremêdo da antiga felicidade na companhia da prima, a Salomé, ingenuamente linda, condescendente.
Os noivos chegaram á tarde; vinham moidos, o corpo quebrado, n'uma lassidão relaxada, as roupas brancas sujas do fino carvão da locomotiva, anciosos de banho, um banho fresco, que os estimulasse, dando-lhe tom aos nervos fatigados; deitaram-se cedo, pouco loquazes para com o Jorge, que, os interrogava ácerca dos monumentos de Braga, a velha sé, onde se mostram os altos sapatos d'um bispo pequenino, e o Bom-Jesus, a Cintra do Porto, um bello panorama, um dos primeiros do paiz, segundo diziam pessoas authorisadas.
O vago mal-estar que fez chorar tão docemente Lamartine, e que sacudiu violenta e dolorosamente os nervos de Musset, definiu-se nos seus symptomas, revelou-se aspera e positivamente nos seus mais accentuados caracteres. Nós não ignoramos o mal de que soffremos e porque soffremos.
Ora arrastava toilettes da maior elegancia pelo Savoy, ora ia, modesta, irmã das sombras, conversar as mulheres que viviam os prazeres da noite, mais rasteiros e humildes. De longe em longe, combinava com Violet e iam as duas pernoitar com moços de acaso. Percebia que as relações naturaes lhe acalmavam os nervos. Então, deixava-se abordar pelo mais novo dos presentes ás sucias da noite.
De que te serviu o ser, o que fizeste ao sangue, á vontade, aos nervos, ao pensamento, que trouxeste do seio da materia? Que idéa deixaste, que memoria, que piedade? Que foste tu mais do que um corpo bello, desejado e photographado? Fizeste parte, durante a vida, d'aquellas insensiveis bellezas naturaes, que o homem usa e arremessa. Foste como uma camelia, ou como a penna d'um pavão.
Oh! e se a morte que se contempla é de honra e glória, se o enthusiasmo, tirando fortemente a corda dos nervos, os faz vibrar n'aquelles tons secretos e mysteriosos que arrebatam, e elevam o coração do homem á sublime abnegação de si, e de tudo o que é piqueno, baixo e vil na sua natureza oh então a morte parece um triumpho, uma bemaventurança porcerto!
Hoje, se Claudias ha em Mathosinhos, trazem saia pelo joelho e seguram vigorosamente contra a ressaca as esgrouviadas banhistas que vão molhar no mar os nervos doentes. Ó decadencia das Claudias, e outras!
O organismo do homem moderno, na sua complexidade maravilhosa, na enorme e labyrinthada complicação que lhe dá hoje o desenvolvimento do seu cerebro e dos seus nervos, é realmente um estudo difficilimo, um estudo que abrange todos os outros e que exige a analyse penetrante, fina e subtil do physiologista, a observação larga, profunda e sympathica do philosopho, a flexibilidade ondeante, o sopro creador do artista de genio.
O desgosto, nas mulheres, crystallisa brevemente em odio, um odio desesperado, sem treguas; explicavel pela maior vibratilidade dos nervos no sexo, pela vida ociosa, e tambem, e principalmente, pelo penoso confronto com a mulher indigena, cujo fresco perfil e requintado tacto femenil são uma provocação terrivel aos seus meritos.
Nem ella propria, ao principio, soube definir bem o traiçoeiro mal-estar; e apenas quando lhe notou a insidia, foi que desconfiou do novo sentimento, esboçado por uma saudade melancholica. Ergueu-se contrariada, de mau humor. Nem mesmo o banho, saturado d'ervas cheirosas, conseguiu tranquillizar-lhe os nervos. Almoçou pouco e, em toda a tarde, conservou-se reclusa, auscultando a alma.
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