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Atualizado: 15 de maio de 2025


Na enorme lareira, onde se aqueciam e assavam as suas grossas peças de porco e boi os Jacinthos medievaes, agora desaproveitada pela frugalidade dos caseiros, negrejava um poeirento montão de cestas e ferramentas; e a claridade toda entrava por uma porta de castanho, escancarada sobre um quintalejo rustico em que se misturavam couves lombardas e junquilhos formosos.

Os cabellos sêccos, passados por traz das orelhas, cahiam-lhe em anneis pelas costas; e no rosto magro, requeimado, sob sobrancelhas densas, unidas n'um traço, negrejava com uma profundidade infinita o resplendor dos seus olhos. Não se movia, forte e sereno diante do Pretor.

Elrei lançou um rapido volver d'olhos para onde Leonor Telles tinha o braço estendido, mas recuou horrorisado. O vulto que negrejava no meio do terreiro, era o patibulo popular e peão: era a forca, tétrica, temerosa, maldicta! "Leonor, Leonor! disse elrei com um som de voz cavo e debil porque vens tu misturar pensamentos de sangue com pensamentos d'amor?

A espaços, mettia-lhe horror na fantasia o pensar que rasgaria a punhaladas o peito do homem, cujo nome havia de ouvir dos labios d'elle mesmo; porém, se lhe negrejava no espirito a horrivel irrisão de encontrar-se rosto a rosto com o seductor da donzella, que se deixára poluir como um anjo de alabastro se deixaria inconscientemente despedaçar ás mãos de um ébrio furioso, então o pulso latejava-lhe iracundo no cabo do punhal, e o ouvido escutava com avidez o rumor de passos que lhe figurava a aproximação da victima.

Na vanguarda do prestito ia a banda musical trovejando marchas funebres de metal e bombo; no remate negrejava o esquife, roçagando baeta-crepe, levado á mão por quatro sujeitos de casaca e catadura adequadas. Apeei, e desviei-me a um recanto da estrada, em quanto perpassava o sahimento; depois, perguntei a um homem retardado da comitiva quem era o defunto. Era a snrviscondessa disse elle.

Subindo aquelle terreno accidentado cheio de cêrros com espinhaços inaccessiveis, avistava-se de longe a fortaleza a que o povo das cercanias chamava a cidade da Colla. Negrejava com a sua cantaria secca sobre o ingreme cêrro, correndo-lhe em baixo ao sopé a ribeira de Mariscão. Foi alli que Viriatho reuniu os troços da sua confiança, dentro das muralhas que rodeavam a crista do cêrro.

Em meio d'esta área, cheia de ar e de luz, elevava-se, em escadarias lustrosas como se fossem d'alabastro, com portas chapeadas de prata, arcarias, torreões d'onde voavam pombas, um nobre terraço, accessivel aos fieis da Lei, ao Povo eleito de Deus, o orgulhoso «Adro de Israel». D'ahi erguia-se ainda, com outras claras escadarias, outro branco terraço, o «Atrio dos Sacerdotes»: no brilho diffuso que o enchia negrejava um enorme altar de pedras brutas, enristando a cada angulo um sombrio corno de bronze: aos lados dois longos fumos direitos, subiam devagar, mergulhavam no azul com a serenidade d'uma prece perennal.

Ponderando no que era e seria sempre sua vida, engolphando-se na treva que todos os passos lhe negrejava pelo futuro alem, pareceu-lhe que matar o rei, e deixar-se matar sem soltar gemido de covarde angustia, seria a mais brilhante e redemptora solução de sua desgraça. Aclarava o dia seguinte, e Roque da Cunha batia á porta da casa campestre de Domingos Leite.

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