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Na praia hum regedor do Reino eſtaua, Que na ſua lingoa Catual ſe chama, Rodeado de Naires, que eſperaua Com deſuſada feſta o nobre Gama: Ia na terra nos braços o leuaua, E num partatil leito hũa rica cama Lhe offereçe em que va, costume vſado, Que nos hombros dos homẽs he leuado.

A ley da gente toda rica & pobre, De fabulas compoſta ſe imagina: Andão nûs, & ſomente hum pano cobre As partes, que a cubrir natura inſina: Dous modos ha de gente, porque a nobre Naires chamados ſam, & a menos digna Poleâs tem por nome, a quem obriga A ley não mesturar a casta antiga

Dois modos de gente, porque a nobre Naires chamados são, e a menos digna Poleás tem por nome, a quem obriga A Lei não misturar a casta antiga. 38 "Porque os que usaram sempre um mesmo ofício, De outro não podem receber consorte, Nem os filhos terão outro exercício, Senão o de seus passados, até morte.

Para os Naires é certo grande vício Destes serem tocados; de tal sorte, Que quando algum se toca, por ventura, Com cerimónias mil se alimpa e apura. 39 "Desta sorte o Judaico povo antigo Não tocava na gente de Samária. Mais estranhezas ainda das que digo Nesta terra vereis de usança vária.

Para evitar que estes infelizes morressem á ordem do Samorim, Vasco da Gama aprisionou seis naires mui qualificados que visitaram a armada com dezenove homens, e não os entregou sem receber primeiro a sua gente. E partio de Calecut promettendo voltar cedo, e mostrar quem eram os christãos do Occidente, alcunhados de corsarios pelo Samorim.

Mas ja chegado aos fins Orientais, E deixado em ajuda do gentio Rey de Cochim,com poucos naturais, Nos braços do ſalgado & curuo rio, Desbaratarâ os Naires infernais No paſſo Cambalão, tornando frio Deſpanto o ardos immenſo do Oriente Que verâ tanto obrar tão pouca gente.

Mas ja a luz ſe moſtraua duuidoſa, Porque a alampada grande ſe eſcondia Debaxo do Orizonte & luminoſa Leuaua aos Antipodas o dia, Quando o Gentio, & a gente generoſa, Dos Naires, da nao forte ſe partia A buſcar o repouſo que deſcanſa, Os laſſos animais, na noite manſa.

44 Na praia um regedor do Reino estava, Que na sua língua Catual se chama, Rodeado de Naires, que esperava Com desusada festa o nobre Gama. na terra, nos braços o levava, E num portátil leito uma rica cama Lhe oferece, em que , costume usado, Que nos ombros dos homens é levado.

A cada passo via Pero da Covilhan nas ruas os vaidosos naires, com suas espadas núas e rodellas uns, outros com lanças, e ainda outros com arcos e frechas; e os poleás a bradar, para que os naires se desviassem, ou a fugir, quando topavam com elles de subito, pelo receio que tinham de serem suas victimas. Passavam pelos naires, e podiam até toca-los, os brahmanes.

Os Naires sós são dados ao perigo Das armas; sós defendem da contrária Banda o seu Rei, trazendo sempre usada Na esquerda a adarga e na direita a espada.

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