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Atualizado: 28 de junho de 2025


Socega, minha amiga... observou-lhe madre Paula, vendo-a de cada vez mais agitada. Tens fallado muito... e, no estado de abatimento e fraqueza em que te encontras, é isso uma imprudencia grave. Disse e saiu deixando a doente em repouso. Coração morto Helena de Noronha, a instancias de madre Paula e de D. Aurelia, consentiu em receber a visita de Julio de Montarroyo.

Madre Paula escutava-o sem o comprehender. Julio de Montarroyo offereceu o sophá aos seus hospedes. Esta casa é pobre. Ha aqui o triste desconforto das casas da provincia que não teem a direcção intelligente de uma mulher a governal-as.

Deve amar-me como se amam os mortos... com a saudade e o luto no coração, porque eu, meu amigo, não sou mais que um cadaver. Julio de Montarroyo abeirou-se do leito, tomou-lhe a mão, que levou aos labios respeitosamente exclamando: Não falle em morrer, minha amiga! Deus, que permittiu que nos tornassemos a vêr, ha de tambem permittir que resurja para a vida e para a felicidade...

Helena! bradou madre Paula Onde está ella? Peço-lhe que me conduza sem demora até junto do seu leito. Mal soube que estava doente, accorri immediatamente ao seu chamamento, e tenho que a minha presença ha de fazer-lhe bem, ha de melhoral-a... Julio de Montarroyo encarou com insistencia a abbadessa. V. ex.^a não sabe onde está Helena de Noronha? perguntou elle.

Deu-lhe o braço e conduziu-o até á sala onde todos os esperavam com grande curiosidade. A entrada de Julio de Montarroyo produziu geral impressão nos circumstantes. Alguns d'elles, antigos companheiros, mal reconheciam n'aquelle velho o elegante moço bracarense de ha 18 annos, notavel nas duas cidades Braga e Guimarães pelo apurado esmêro no trajar e pelos distinctos primôres da educação.

Julio de Montarroyo, que aqui veio apenas uma vez, que me lembre, e em dias bem luctuosos e bem tristes para o pobre Norberto de Noronha... E para o meu coração, minha senhora!

No dia seguinte de manhã, D. Aurelia e o padre Manoel, movidos da extraordinaria curiosidade de saberem o resultado da audaciosa aventura de Julio de Montarroyo, correram a casa d'este com o fim de o interrogarem. O excentrico apaixonado de Helena de Noronha estava no leito ardendo em febre.

Julio de Montarroyo! balbuciou Helena aterrada Quem lhe ensinou esse nome? Eu sei todos os nomes que estão ligados á tua existencia, filha de Norberto de Noronha, amante do padre Anselmo, mãe de Paulo de Noronha. Sei tudo, que para outra coisa não tenho vivido ha dezoito annos, rastejando como a serpente, ao peso do meu remorso.

Não falles em morrer, minha amiga... Cobra alento e pensa que a tua vida é ainda precisa, porque pódes ser util a alguem. Julio de Montarroyo ama-te com um amor que as almas essencialmente delicadas conhecem e avaliam.

Julinho, os amigos conhecem-se nas incasiões, e o Tomba, com um raio de diabos! p'ra servir um amigo é capaz de dar uma volta no inferno! está ella! Ella, quem? interrogou Julio de Montarroyo. A madre Paula, com seiscentos livros de missa! Julio de Montarroyo encarou espantado no sapateiro, suspeitando que elle tivesse endoidecido. Mas está onde, mestre? perguntou. Alli fóra, sr.

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