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Atualizado: 13 de junho de 2025
A tia Domingas, um poucochinho tonta, engoliu com muito esforço um grande bocado de leitão, que ruminava havia um bom quarto de hora, e disse toda commovida: Não me fale n'esse tempo, sr. Bento, não me fale n'esse tempo! E durante toda a ceia houve sempre alegria, menos na cara do mestre-escola. Que tem, sr. Matheus? perguntou-lhe o Prior. Ha muito que lhe não oiço a voz.
Se me não engano dizia comsigo Henrique, em caminho do quarto é um verdadeiro desafio o que eu acabo de dirigir a este rapaz. Quer-me parecer que estou sendo bem ridiculo, desafiando um mestre-escola. Se lhe deixo a escolha das armas, decide-se pela férula. Tem graça! Veremos o que ámanhã, á luz do dia, eu penso d'isto tudo. Eu já não fico por mim esta noite. Estou a querer convencer-me de que tenho andado estouvadamente e com não demasiado cavalheirismo. Que diabo!
Ás vezes... Ahi está que, sendo eu amigo do mestre-escóla, como sou e ha tantos annos, estive ha mezes para o esmagar. E sabem porquê? Porque passava eu por a escóla e ouvi chorar uma criança, e pareceu-me que era o meu pequeno; não me socegou o coração sem que me affirmasse se era elle ou não. Entrei e vi o desalmado do Zé Domingues que m'o desancava sem dó nem piedade.
As leis antigas, que eram o baluarte das antigas virtudes, dizem os sycophantas modernos, que já não servem á humanidade, a qual, em consequencia de ter mais sete seculos, se emancipou da tutela das leis. O latim não lh'o entenderam, salvo o mestre-escola, que antes de ser sargento de milicias, havia sido donato no convento dominicano de Villa-Real. E repetiu: Credite, posteri!
Eu estou passado, fidalga! disse o mestre-escola empunhando e sacudindo o queixo inferior. Seu marido, a minha opinião é que ficou por lá embeiçado n'alguma mulher. Lisboa é uma Babylonia, fidalga.
Que mal empregadas lagrimas ella chorára, até que afinal o pae consentira no casamento! Quantas vezes, feitas as pazes, tinham os trez commentado aquella historia! Um dia o mestre-escola fôra pelo Prior e outros convidado para uma caçada a que iria tambem o José Miguel. Foi este quem, bastante atrapalhado, veio pela manhã bater-lhe á porta. Prompto, sr. Eustachio?
Junto da porta crescia uma roseira, que mettêra para dentro do quarto uma pernada insubmissa, toda cheia de cachos de rosas pequeninas. Um rouxinol cantava no salgueiral, porque isto era no tempo dos ninhos. O mestre-escola approximou-se da janella e esteve por algum tempo respirando aquelle ar que o refrescava agora, mas que lhe trouxe não sei que recordações.
Então o mestre-escola, muito córado era talvez da pinga? entendeu dever deixal-os sós, e sahiu a rir, com um arsinho trocista, muito contente, a esfregar as mãos. Era no fim da azinhaga uma azinhaga estragada pelas chuvas do inverno e tendo ainda marcada na lama secca a passagem do ultimo carro de bois.
Resava assim, escripta por mão de uma filha do boticario de Caçarelhos, com orthographia mais imaginosa que a minha: «Meu amado Calisto. Cá soube pelo mestre-escóla que tens botado algumas fallas nas côrtes, e que tens muita sabedoria. O sr. abbade já cá veiu ler-me um pedaço do teu dito, e oxalá que seja para bem da religião. Olha se botas abaixo as decimas, que é o mais necessario.
Resistiu Calisto de Barbuda tenazmente ás solicitações dos lavradores, que o procuraram com o mestre-escola á frente, facto que muito honra este desinteresseiro e reportado funccionario. N'este encontro, o professor excedeu o juizo avantajado que elle propriamente fazia de sua vocação oratoria.
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