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Atualizado: 10 de julho de 2025


O meu amigo tinha no entanto tirado da algibeira a chave de uma porta da casa de Cintra, e esporeava o cavallo estirando-se-lhe no pescoço e procurando alcançar a cabeça d'aquelle que o tinha seguro. O mascarado, porém, que continuava a segurar em uma das mãos o freio do cavallo empinado, apontou com a outra um rewolver á cabeça do meu amigo e disse-lhe com serenidade: Menos furia! menos furia!

Mas como sabia d'este absoluto segredo, de que apenas temos conhecimento nós?... E voltando-se para mim, para me advertir com um gesto imperceptivel do expediente que ia tomar, accrescentou: ... nós e o senhor comissário. O desconhecido calou-se. O mascarado tomou-lhe o paletot e examinou-lhe os bolsos. Encontrou um pequeno martello e um masso de pregos. Para que era isto?

Houve uma pausa; ouvia-se o bater da pendula e os passos de F..., que passeiava agitado, com o sobrolho duro, torcendo o bigode. Meus senhores, continuou voltando-se para nós o mascarado damos-lhe a nossa palavra de honra que somos completamente estranhos a este successo. Sobre isto não damos explicações. Desde este momento os senhores estão retidos aqui.

O senhor redactor, que julga de animo frio, os leitores, que socegadamente, em sua casa, lêem esta carta, poderão melhor combinar, estabelecer deducções mais certas, e melhor approximar-se pela inducção e pela logica da verdade occulta. Eu achava-me havia uma hora, quando o mascarado alto entrou, trazendo o chapeu na cabeça e no braço uma capa de casimira alvadia. Vamos, disse elle.

Que veiu fazer aqui? repetiu agarrando-o pelos hombros e sacudindo-o como um vime. Escute... disse o homem convulsivamente. Vinha saber... disseram-me... Não sei. Parece que estava a policia... queria... saber a verdade, indagar quem o tinha assassinado... vinha tomar informações... Sabe tudo! disse o mascarado, aterrado, deixando pender os braços.

E não se lembra tambem que não lhe encontrámos gravata? O mascarado calou-se succumbido.

O outro casou com uma filha do capitão-mór de Goes, Antonio Barreto Perdigão. Uma filha casou, e das outras quatro ignoro o destino. Esta linha, derivada da fraude e do vicio mascarado com a batina e sobrepeliz, desappareceu: era justo.

Finalmente, por volta da meia noite, sem bem saber porquê, nem para quê, levado por uma attracção terrivel, atraz de uma suprema inspiração, cingi-me com o muro, abri a porta, penetrei na casa. Então me encontrei inesperadamente com o doutor e com a pessoa conhecida no decurso d'esta historia pelo nome de mascarado alto.

E voltando-se para elle com um olhar terrivel, que flammejava debaixo da mascara: E porque o matou? Matei-o... respondeu o homem. Matou-o, disse o mascarado com uma lentidão de voz que me aterrou, para lhe roubar 2:300 libras em bank-notes, que aquelle homem tinha no bolso, dentro de uma bilheteira em que estavam monogramadas duas lettras de prata, que eram as iniciais do seu nome.

Eu em seguida cravei os meus olhos, com uma insistencia implacavel nos olhos d'elle, dominei-o, dísse-lhe baixo, apertando-lhe a mão: Porque o matou? Eu? gritou elle. Está doido! Era uma resposta clara, franca, natural, innocente. Mas porque veiu aqui? observou o mascarado, como soube do crime? Como tinha a chave? Para que era este martello? Quem é o senhor?

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