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Atualizado: 10 de junho de 2025


O mascarado alto dispunha-se a partir para Londres quando tivemos noticia da publicação das cartas do doutor n'este periodico.

Ora o relogio a que n'estas linhas se allude, se bem lembrado está, é exactamente o mesmo que descrevi na segunda carta que enviei a esse periodico, o mesmo que usava o mascarado que ia sentado defronte de mim na carruagem, e que eu lhe vi por algum tempo fóra da algibeira do collete, suspenso na corrente.

Trazia naturalmente isso, queria concertar não sei quê, em casa... um caixote... O mascarado tomou a luz, approximou-se do morto, e por um movimento rapido, tirando a manta de viagem, descobriu o corpo: a luz caiu sobre a livida face do cadaver. Conhece este homem? O desconhecido estremeceu levemente e pousou sobre o morto um longo olhar, demorado e attento.

O mascarado alto, curvou-se sobre o cadaver de Captain Rytmel e ergueu-o vigorosamente pelos hombros. Nós amparámos o corpo e descemol-o ao fundo da cova. O mascarado, ajoelhando-se depois no chão, cobriu com um lenço o rosto do morto e disse, como se estivesse fallando a uma creança adormecida: Descança em paz!

Guardei-o, apalpei-o no bolso com grande delicadeza de tacto; era fino, com rendas, um lenço de mulher. Parecia ter bordadas uma firma e uma corôa. N'este momento deram nove horas. Um dos mascarados exclamou, dirigindo-se a F... Vou mostrar-lhe o seu quarto. Desculpe-me, mas é necessario vendar-lhe os olhos. F. tomou altivamente o lenço das mãos do mascarado, cobriu elle mesmo os olhos, e sairam.

Pois bem, hontem uma pessoa, que casualmente não podia sair de casa, pediu-me que viesse ver se o encontrava... Nós esperavamos, petrificados, o fim daquellas confissões. Encontrei-o morto ao chegar aqui. Na mão tinha este papel. E tirou do bolso meia folha de papel de carta, dobrada. Leia, disse elle ao mascarado.

M. C. olhava pasmado para mim, e parecia aniquillado pela dura logica das minhas palavras. O mascarado ficou por alguns momentos silencioso; depois com voz humilde, quasi supplicante: Doutor, doutor, por amor de Deus! esses indicios não provam. Este lenço, de mulher indubitavelmente, estou convencido que é o mesmo que o morto trazia no bolso.

Um dos mascarados approximou-se, perguntando: Quanto tempo póde ficar o corpo assim n'esta chaise-longue? Eu não respondi. O que me interrogou fez um movimento colerico, mas conteve-se. N'este momento o mascarado mais alto, que tinha saido, entrara, dizendo para os outros: Prompto!...

Por consequencia quem sabia onde estava o cadaver, quem tinha uma chave da casa, quem vinha alta noite ao logar do assassinato, quem tinha desmaiado vendo-se surprehendido, estava positivamente envolvido no crime... Quem lhe deu a chave? perguntou o mascarado. O homem calou-se. Quem lhe fallou n'isto? Calou-se. Que vinha fazer, de noite, ás escondidas, a esta casa? Calou-se.

Não é difficil de cumprir o seu dever! observou com ironia o mascarado alto. O corpo d'aquelle desgraçado não póde ficar ali por mais tempo.

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