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Atualizado: 25 de junho de 2025
O descobrimento da malagueta e outros productos da Africa equatorial, além de ter interesse puramente botanico, resultante da observação de novas fórmas vegetaes, assignala uma época notavel na historia commercial do mundo. Os portuguezes abrindo a esses productos o caminho do Atlantico, vibram o primeiro golpe ao trafico dos arabes, e á prosperidade das cidades maritimas da Italia.
Pelo lado do norte a malagueta começa a encontrar-se desde o cabo Verde, ou talvez mesmo desde o Senegal. Parece porém ser bastante rara na região proxima ao mar, que corre da foz d'este rio á do Gambia. A que por ahi se vende é trazida do interior pelos mandingas, e provém do alto Senegal, alto Gambia, e das terras de Bambará.
Não tardaram os inglezes em seguir o mesmo caminho. Thomaz Windham em 1551, João Lok em 1554, Towrson por varias vezes nos annos seguintes, e pouco depois Butter, Fenner e Baker correram a costa de Malagueta, e negociaram nos seus portos .
Diz Diogo Gomes, enumerando os objectos que os negros trouxeram de terra estando as suas caravellas em frente do rio Grande «e uma quarta de malagueta em grão, e nos fructos em que nasce, de que fiquei muito satisfeito.» Parece-me resultar claramente d'esta phrase que conhecia bem a malagueta, sabia o seu valor, e folgava de encontrar a terra ou região aonde era produzida.
A malagueta véra parece ser produzida por uma unica especie, o Amomum Granum paradisi Afz. , da qual se encontram tres variedades distinctas.
O fructo de uma Anonacea, a Xylopia Æthiopica, foi egualmente conhecido no commercio, pelos nomes de pimenta de Guiné ou de Ethiopia, de pimenta negra longa , de grãos de zelim e de maniguette , este ultimo por confusão com a verdadeira malagueta.
Foram egualmente os portuguezes, os primeiros a darem a uma parte do littoral africano o nome, que ainda conserva, de costa da Malagueta. Vamos demonstrar pelo exame de alguns documentos importantes, que este nome se applicava á mesma extensão de costa, hoje assim designada, e que os limites pouco ou nada tem variado.
O limite oriental é muito mais vago, senão absolutamente desconhecido. As vastas regiões do Sudan tem sido atravessadas por alguns, poucos, exploradores europeus, mas não estudadas botanicamente. Sabemos apenas, que aos mercados da costa vem malagueta das terras de Bambará e talvez das de Massina no alto Niger, que por outro lado as caravanas ainda hoje levam a Murzuk, no Fezzan, alguma malagueta do Sudan , mas ignoramos a região onde é produzida. Attendendo ás condições bastante uniformes de temperatura e humidade que reinam no Sudan, é natural suppor que alguns Amoma da costa occidental, se não todos, se estendam em uma vasta habitação até á região dos lagos, ou mesmo de costa a costa. Na Abyssinia, no paiz dos Gallas, e mesmo na costa oriental existem especies de Amomum, mas a sua identidade com as da costa occidental, com quanto admittida por alguns auctores , não está completamente demonstrada.
Se Brown, na relação da sua viagem, affirma que os negros chamavam malagueta a uma especie de pimenta, isto só significa que os negros da costa já n'aquelle tempo haviam adoptado o nome empregado pelos portuguezes, com os quaes estavam em contacto quasi diario.
Ainda merece ser citada uma observação feita por Pacheco quando, descrevendo a costa situada na proximidade da Lagea, diz «neste lugar ha maior malagueta de toda esta costa:» observação pela qual se vê, que as differentes dimensões da planta, e dos seus fructos e sementes, tinham attrahido a attenção dos portugueses já nos fins do seculo XV. Estas differenças são, como vimos, bastante sensiveis, sendo os fructos e sementes de grandes dimensões na fórma, que Roscoe, o dr.
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