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Atualizado: 25 de junho de 2025
Por mais importante se teve sem duvida o descobrimento da malagueta, pois se tratava, não de uma substancia nova, e que podia ser recebida no commercio com maior ou menor acceitação, mas de uma droga conhecida, apreciada e unica talvez, entre as drogas africanas, que gosava já então de tanta nomeada como as especiarias do oriente.
Das affirmações d'estes dois escriptores contemporaneos, Christovão Colombo e Duarte Pacheco Pereira, que conheceram muito bem, e frequentaram a costa africana, se deduz, que a designação de costa da Malagueta era usada nos fins do seculo XV e por tanto se devia ter começado a empregar logo após o descobrimento. Torna-se pois bem claro, que o commercio d'aquella droga, havia tomado grande importancia logo nos primeiros annos, o que nos não póde surprehender, em vista da nomeada que então tinha nos mercados da Europa.
D'este commercio e do nome de Grana paradisi, o qual proveiu de ser preciosa a especiaria, e misteriosa a sua origem, nos dá noticia uma importante passagem de João de Barros . Vê-se pois, que o nome de malagueta foi bem conhecido e usado na Europa desde o começo do seculo XIII, e que n'este e seguintes, até ao meiado do XV, o transporte d'esta substancia era exclusivamente feito pelas kafilas ou caravanas dos mercadores africanos.
Dos fins do XV seculo, ou principios do seguinte temos uma curiosa e detalhada noticia da malagueta e do seu commercio, em um livro que ainda se conserva inedito, intitulado Esmeraldo de situ orbis, escripto por Duarte Pacheco, um dos capitães portuguezes mais conhecidos por seu denodo e extremado valor. Dos seus heroicos feitos na India fazem menção João de Barros, Castanheda e Camões.
Que por outro lado a patria da malagueta e a natureza da planta que a produz fossem então desconhecidas, parece-me facto egualmente provado.
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