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O que pareceria um hymno, é, para quem o souber meditar, uma succinta e desenfeitada pagina de historia natural. Ao homem grosseiro, pervertido, gasto, embrutecido, represente-se muito embora que a mulher, brotada para seus prazeres ephemeros, como as flores, não pode penetrar dentro em nós senão pelos olhos; feche-os, e escute: está ainda ella com a sua magia.

Que magia os faria renascer, quando, havia tanto, cahira gelada a mão que os desferia? As sombras dos mortos teriam vindo povoar a casa abandonada pelos vivos? A alma querida de Beatriz viera por ventura chorar e lamentar-se da solidão em que os seus haviam deixado os logares que ainda conservavam tão vivas as memorias d'ella?

A magia d'aquella voz sentida prendia; ficaram immoveis, quedos, escutando-a: Fragmentos de uma Elegia polaca «E lentamente, mui lentamente, por detraz do Homem-Deus, avança deslumbrante de belleza e sem vestigios de morte a minha dilecta Polonia.

Estavamos então entrados na primavera, essa estação encantadora, em que o coração se retempera no ar embalsamado que nos rodeia; essa gioventù del anno, como lhe chama o poeta, em que toda a natureza nos sorri, com ineffavel magia.

Que deliciosa a narração d'esta romaria, feita pela lingua de ouro de Anatole France! Ha phrases que cantam no ouvido como uma flauta da Jonia!... ha imagens que se desdobram deante de nós como uma evocação de magia!

«Inebriado pela seducção de seu olhar magnetico, e lisongeado pela magia de celestial encanto que me sorria ao longe por entre o anil da minha primavera; eu, atomo insignificante, ousei, um dia, alçar a minha fronte obscura para aquelle astro de divina poesia.

Não zombes d'esta cruz, respondeu elle com modo sombrio; quando eu era innocente e suspirou vinha aqui ajoelhar muita vez. Não zombes d'esta cruz, peço-t'o. Zoraida fitou por muito tempo n'elle o seu olhar aveludado, fascinante, diabolico e tentador. Era incomprehensivel a magia d'esse olhar, e mais incomprehensivel ainda o dominio que exercia no moço cavalleiro.

Mas aquelle sombrio in-folio parecia estalar magia; cada letra affectava a inquietadora configuração d'esses signaes da velha cabala, que encerram um attributo fatidico; as virgulas tinham o retorcido petulante de rabos de diabinhos, entrevistos n'uma alvura de luar; no ponto d'interrogação final eu via o pavoroso gancho com que o Tentador vai fisgando as almas que adormeceram sem se refugiar na inviolavel cidadella da Oração!... Uma influencia sobrenatural apoderando-se de mim, arrebatava-me devagar para fóra da realidade, do raciocinio: e no meu espirito foram-se formando duas visões d'um lado um Mandarim, decrepito, morrendo sem dôr, longe, n'um kiosque chinez, a um ti-li-tin de campainha; do outro toda uma montanha de ouro scintillando aos meus pés!

Nos três lados restantes, a decoração musical era mais simples: baladas de ecos sem memória instilando um esquecimento de magia. Inútil descrevê-las: impossível.

Seguia o Silveira desta hora doce e imensa a magia incomparável, quando sentiu um toque familiar no ombro, que o fez estremecer. Era o pomposo Norberto Mackenna, que com um gesto alto e desdenhoso: Então, que faz aqui assim, tam , meu caro?... Admirando o pôr do sol, não é verdade?

Palavra Do Dia

rivington

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