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Atualizado: 29 de outubro de 2025
E tudo isso se vê nos seus quadros, n'esses cincoenta trabalhos expostos, que são, como já o disse um meu collega da imprensa, como que provas definidas para um concurso de Arte. Com aquelles documentos, Loureiro affirma que em todos os generos de pintura é um mestre. No retrato, na paisagem, na marinha, no estudo d'animaes, no genero decorativo, em todos elles o nosso artista se nos apresenta verdadeiramente grande. E senão, á vol d'oiseau, rapidamente, vejamos: Os tigres que anatomia e que correcção; como se desenha tão nitida e tão visivelmente o traço de todo aquelle animal n'uma postura molle de traição e de força. Como vemos através d'aquelle olhar felino e do aveludado da sua garra, a indole perversa que d'elle se acolhe. E com que verdade estão tractados aquelles olhos brilhantes e magoadores, d'um outro, que por traz do que está no primeiro plano, parecem fitar o espectador, na esperança de filal-o, n'um salto rapido e traiçoeiro.
Outro dia, copiava elle uma velha; quando entrei, estava já limpando os seus pinceis e a paleta para se ir embora. Nas faces de Arthur Loureiro pairava um alegre sorriso de satisfação. Que se teria passado de extraordinario para que elle estivesse tão sorridente?!... Alguma boa nova da familia ausente, ou grande bem estar na sua delicada saude?!... Talvez as duas coisas juntas!? Quem sabe?...
Francisco Loureiro, irmão do distincto artista.
Que é! bradou Felix Tavares que aleivosia é essa de furto de dinheiro? Já lhe disse que me não interrompa! sobreveio o escrivão. Hei de interrompel-o em quanto me não disser quem é o infame que me chama ladrão! Eu não sou disse o Loureiro, olhando-o por cima dos oculos de tartaruga. Escute lá o resto, que vm.^ce não é sentenciado por ladrão...
E n'esse venerando cemiterio, onde o cipreste e o loureiro coufundiam as suas ramagens, Santos sacrificava em honra de tantos mortos illustres, sacerdote solitario que devotadamente ia enflorando as lousas com as corôas e as palmas que elle proprio ganhava para perpetuar a tradição gloriosa do velho theatro normal.
As pequenas telas veridicamente portuguezas, com a sua côr e a sua luz d'aldeia, são como cantigas de namorados entre os rumorejos do trabalho campestre. Arthur Loureiro, talvez, porque viveu muito tempo longe da sua patria, ao voltar, como que tentou, n'um largo sentimento de amor patrio, desforrar-se d'aqui não ter vivido sempre.
Ás tres horas da madrugada d'esse terceiro dia, que era o setimo do mez de setembro de 1811, Francisco Salter de Mendonça estava já desde a meia noite, encostado ao muro da cêrca do mosteiro, n'aquelle angulo que confina com a ultima casa da rua do Loureiro, hoje bem conhecida pela «Estalagem do Cantinho». Não averiguamos como elle conseguiu do locatario d'essa casa, que devia ser um sujeito de maus costumes, licença para engatinhar através do telhado, até alcançar o muro na parte onde é facil o salto para a cêrca.
Agora, como nunca ha occasião para que a Camara do Porto, que parece se interessa um pouco pelas cousas d'Arte da nossa terra, compre um quadro a Loureiro para o Muzeu Municipal. E porque não ha-de fazel-o!?... Tem este artista dois quadros que estão a pedir transplantação para logar, onde todos os possam apreciar condignamente e são: os Tigres ou Por montes e vales.
Ora eu, que gosto de passar bem o meu tempo, vou muitas vezes, e especialmente aos domingos, ao Palacio de Crystal, dar dous dedos de cavaco ao Arthur Loureiro, no seu delicado e interessante atelier. Appareço alli por volta da hora e meia.
D'este discipulo, já eu tive occasião de fallar, quando em tempo dediquei duas linhas a uma exposição que Loureiro fez e em que appareceram alguns estudos d'elle.
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