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Atualizado: 4 de junho de 2025


No dia seguinte era a partida da esposa para a terra de seu marido; sahiram da Torre Redonda os tres Companheiros de Viriatho, e a luzida cavalgada que tinha de conduzir a noiva pôz-se a caminho. Lisia, vestida de branco e com a lunula de ouro na cabeça, coberta com um véo, ia em um carro todo enramalhetado, ladeado pelos cavalleiros da Trimarkisia.

Como as nossas almas! disse-lhe Lisia, apontando todo aquelle ambiente. Alli, n'aquelle retiro ignorado do mundo e até aonde sómente Lisia tinha accesso pela sua qualidade de Semnothêa, alli, de , junto de Viriatho, e contemplando o Oceano profundamente placido n'aquelle dia, confessou-lhe a noiva ingenua: Nunca te tinha visto, mas representava-te na mente assim como és.

Do Throno o esplendor salva constante D'um principe brioso ao nobre mando: O Solio, quasi em terra, sustentando, Esmaga a Hydra de aspecto vacilante. Oh Principe ditoso, exulta, e vive, Para que esta Nação por Jove eleita Dos teus Decretos os seus bens derive. Da Patria, como Pai a olhar-te affeita, De Lisia, que na gloria hoje revive. Do salvo Povo, os corações acceita.

A quem, senão a Viriatho entregarei o Thesouro do Luso? Pela condição natural das cousas, Viriatho hade sobreviver-me. Encanta-me o teu pedido, porque a entrega d'esse deposito fica ligado ao destino affectivo da tua vida, é o teu dote. Lisia, beijando a fronte do endre encanecido, deu á intensidade do sentimento a sincera expressão das lagrimas.

Lisia entretinha o fogo, quando chegou Viriatho; o guerreiro aproximou-se de Idevor, e disse com uma dominadora serenidade: Agora, que temos uma patria livre, tambem quero render culto aos meus Antepassados, e venho rogar-vos por isso, para que Lisia, vossa filha adoptiva, me acompanhe n'este acto comendo commigo do mesmo pão diante do mesmo fogo.

Idevor ergueu-se d'onde estava assentado, aproximou-se da Pedra focal, e chamando para junto de si todas as pessoas que habitavam na Torre Redonda, proferiu a fórmula sagrada: Eu vos entrego, oh mancebo, a minha filha Lisia, trocando este lar paterno pelo que ides inaugurar com amor e esperança.

Quem tivesse tempo para ajuntal-as e formar com ellas um collar para offerecer a Lisia por occasião do seu casamento com Viriatho.

E a independencia da Lusitania, d'esta desditosa Patria nossa amada? Completamente perdida! respondeu o druida desalentado. Perdida, mas não para sempre, proferiu Lisia, com um accento de vivacidade e esperança. Quero vêr a Espada de Viriatho! é o que me resta do Esposo com quem estive sempre espiritualmente unida.

No desmoronamento total da sua felicidade, Lisia lembrou-se de seu pae, o velho druida; queria communicar-lhe a revelação tremenda, chorar com elle a morte de Viriatho. Quando chegou á Ilha sagrada de Achale, aquelle refugio quasi celeste pareceu-lhe um desterro, e a Torre redonda consagrada ao Deus innominato appareceu-lhe como uma prisão erguida sobre o mar.

Foi á meza do banquete, que Viriatho se ergueu, junto de Lisia, e tirando do seu pescôço a Viria ou Collar de ouro do commando, que até áquelle dia trouxera, o collocou no pescoço da formosa esposa, abdicando alli deante de todos do poder militar que lhe tinha sido confiado, e confinando-se na vida pacifica do lar.

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