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Quer esclarecimentos para instaurar querella contra elle? Eu lh'os dou. Chama-se Damião Ravasco, e vive na casa de Raul Baldaque, ás Janellas Verdes... Procure-o . Ah! então o preto é da sua familia brazileira? atalhou o lisboeta casquinando. Eu não sabia que a sua nobilissima raça era bicolor!

A Avenida e S. Carlos e o Campo Grande e as praças e as ruas, tudo isso é para mim encantador, e infinitamente melhor que o e os tamancos da villa de Albergaria. Eu sei que é de máu gosto não elogiar as bellezas do campo, mas fui educada em Lisboa e hei-de ser lisboeta até ao fim da vida. Não... Parece-me sentir se o comboio.

Através de tudo, o que eu sentia vivo, absorvente como um cauchemar, era a saudade do meu paiz, da minha Lisboa das sete collinas, construida em amphitheatro, sobre o Tejo amplo e azul, da bonhomia d'este nosso viver um pouco provinciano, pacato apesar do ridiculo de parodia involuntaria que ás vezes o desfigura e o desnacionalisa, da familiaridade com que todos nos conhecemos, nos amamos através do debique permanente, em que andamos uns a respeito dos outros, da tranquillidade um tanto adormecida do nosso espirito, do amor da casa que distingue todo o bom lisboeta, da ausencia de ambição que, exceptuando as alturas procellosas da politica, imprime o seu cunho esterilisador, mas calmante, em todas as nossas almas serenas...

A fina amabilidade do joven lisboeta, d'uma elegancia tão natural, attraíu as boas graças da digna solteirona, que logo sympathisou com elle. Em menos d'um mez o Raul tinha em a sra. d. Joaquina uma amiga sincera, uma attenciosa admiradora do "seu caracter austero." Elle, para retribuir-lhe as affabilidades, redobrava de cumprimentos, desfazia-se nas mais requintadas delicadezas.

Apesar das familias não têrem nunca encetado relações que as tornassem do mesmo convivio, porque a mãe da Mariquinhas detestava a espanhola, como lhe chamava conseguira a criança, com as suas blandicias de lisboêta amavel, que me deixassem ir passar algumas tardes a sua casa.

Se algum influente eleitoral, prelibando as delicias do habito de Christo, obrigára a urna e o senso commum a gemer nos apertos do doloroso parto do paralta lisboeta, o tal influente considerava-se idóneo para escrever ao deputado incumbindo-lhe trabalhar na nomeação d'um vigario chamôrro, ou outra coisa, que foi denominação de bando politico, em tempo que a politica não sabia sequer dar-se nomes decentes.

A toilette d'uma lisboeta aperaltada; a mobilia aprumada e symetrica d'uma casa burgueza; a sessão d'uma assembléa constitucional; o interior d'uma botica sertaneja; a apparencia d'uma egreja de cidade em dia de festa, etc., etc., etc., dão-nos a impressão directa e viva dos sentimentos, que todas estas cousas traduzem ou com os quaes todas estas cousas se relacionam.

De modo que a antiga expressão «terra da patria», com referencia a Lisboa e seus suburbios, é figura de rhetorica em demasia arrojada. A patria do lisboeta não tem terra, tem os agglomerados residuos das podridões e dos papeis velhos.

Passadas algumas horas sobre ella, que na tarde d'um domingo morto, fez despertar, curiosa e receiosa, uma boa parte da população lisboeta, recebeu-se na redacção d'um jornal republicano esta missiva, que é opportuno recordar e transcrever: Sr. redactor.

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