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Atualizado: 6 de julho de 2025
Essa ruptura da solidariedade, e a força da monarchia leoneza sob Affonso VII, serão dois motivos concorrentes para impedir que as tentativas do primeiro rei portuguez tenham sobre o norte resultados efficazes. Logo depois de Guimarães, Affonso Henriques, preferindo o papel de invasor ao de atacado, procura reivindicar as fronteiras perdidas em 1127 por D. Thereza.
Assim que D. Urraca morreu. Affonso VII, depois de reconquistadas ao visinho aragonez as cidades de Castella, olhou para oeste, afim de reconstituir de novo a monarchia leoneza, fazendo regressar ao seu dominio os territorios de Campos e da Galliza.
Esta situação das monarchias leoneza, castelhana e aragoneza, que o casamento de D. Urraca e de D. Affonso tinha unido, e que o caracter dos dois conjuges separava a cada instante, aggravava-se com desintelligencias repetidas entre Castella e Galliza.
Mal de nós, pois, se ao facto de termos ou não termos sido os lusitanos, ou outros quaesquer, formos pedir argumentos para defender a nossa independencia nacional; porque esse facto não augmentará, nem a nossa força, nem as nossas razões: porque esse facto nem sequer chega para motivar a nossa separação da monarchia leoneza.
Affonso VI foi incontestavelmente um habil e valoroso rei: a morte porém de Sancho destruiu todos os seus intentos, e abreviou-lhe por ventura a vida. Proximo a morrer, viu que a Hespanha leoneza se dividiria em facções, e a experiencia do passado lhe ensinava que isto seria a causa da sua ruina.
"Quem lançar um rapido olhar pela historia da Hespanha, vê que toda a sua existencia nacional se dispendeu em uma agitação constante, de um lado em reivindicar as autonomias dos pequenos estados, ou separatismo, e do outro, em incorporar todos esses estados livres debaixo de um sceptro, tendo por centro de convergencia ora a monarchia leoneza, ora a monarchia navarra, ora a monarchia castelhana.
Já então a alfandega de Lisboa rendia, por anno, de 35 a 40 mil dobras: o que demonstra o progresso commercial do reino, e comprova a opinião expressa no livro anterior, da deslocação do centro de gravidade nacional do norte para o sul, e da nova phisionomia adquirida depois do antigo caso da separação do condado portuguez do corpo da monarchia leoneza.
A causa da separação de Portugal do corpo da monarchia leoneza não é obscura, nem carece de largas divagações para definir-se: é a ambição de independencia do governador do condado, que o tinha do rei suzerano: é o afastamento d'esta nova região roubada aos sarracenos; é a necessidade de pulverisação da soberania, que a alliança d'esta idéa com a de propriedade, e a ignorancia de meios administrativos capazes de manter a ordem em terrenos dilatados, tornam inevitavel na Edade-media. Portugal separava-se, da mesma fórma que o reino da Navarra se dividira em tres, e pelos mesmos motivos. Portugal defende a separação: o monarcha suzerano impugna-a. Debate-se mais de uma vez a questão com as armas: não porque se chocassem os sentimentos nacionaes, mas porque os principes defendiam o que era, ou julgavam ser, propriedade sua. Estas primeiras guerras portuguezas não depõem decerto de um modo particular em favor da independencia, porque eram a lei de toda a Hespanha, a lei de toda a Europa podemos dizer assim.
As relações com as populações dos estados d'além dos Pyrenéus tinham pouco a pouco crescido na monarchia leoneza: no tempo de Affonso VI os laços mutuos das duas sociedades hespanhola e franceza apertaram-se muito mais. Este celebre principe vivia rodeado de cavalleiros ultramontanos: os bispados e cabidos de Hespanha encheram-se d'homens de raça gallo-franca ou educados n'aquellas partes.
Submettendo-se ao rigor das circumstancias, inclinou por vezes o collo á soberania da côrte leoneza; mas não hesitando em quebrar solemnes promessas, o que aliás era frequente n'esses tempos de bruteza, e ainda hoje não é raro a despeito da civilisação, recusou sempre a obediencia quando julgou possivel resistir.
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