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Atualizado: 24 de junho de 2025
Ernesto Legouvé, distincto escriptor francez, que tem consagrado grande parte da sua vida a notaveis estudos sobre a sorte da mulher, e sobre a educação da creança, publicou ha mezes um bello livro que d'aqui recommendo a todas as minhas leitoras.
Vejamos o capitulo Educação que friza ao nosso caso, e permitta-me que lhe riposte o golpe com as suas mesmas armas. Cita Legouvé o caso d'um rapaz e d'uma rapariga que estavam aprendendo astronomia. Elle immovel, concentrado, meditativo. Ella exaltada, enthusiasmada, em extasi. Isto que prova? Que ella sentia mais, o que não é o mesmo que comprehender melhor.
Todavia promettemos logo ao principio ir apontando as excepções que fossem occorrendo, e ao proverbio de que o escriptor encarna o seculo em que viveu, não nos esqueceremos de contrapôr que as fabulas de Florian são de 1792 e que em 93 Légouvé dava no Theatro-francez uma tragedia pastoril.
Não posso pois acreditar na solidez das suas convicções sobre este ponto, e peço-lhe que, antes de me replicar, se me quizer dar tal prazer, leia o admiravel livro de Ernesto Legouvé Histoire morale des femmes. Se elle o não convencer, eu perco as esperanças de o levar a fazer melhor juizo dos beneficios da instrucção e do espirito da mulher. Creia-me muito seu amigo,
Apesar de ter o Legouvé na sua estante, apesar das minhas amigaveis reclamações sobre este ponto, insiste o meu amigo em sustentar que a educação litteraria completa faz mal á mulher e acrescenta: «Dando-se tão lata instrucção á mulher occasiona-se um desequilibrio na familia, desapparece um dos elementos primordiaes o pai.
Um d'esses trechos, e talvez um dos mais importantes, trata das creanças e dos criados, da intimidade forçada e muitas vezes perigosa que entre elles se estabelece, e dos resultados nocivos que d'essas relações resultam para a educação. Legouvé leu este trecho na Academia Franceza; por aqui se reconhece a sua importancia, a maneira superior por que foi tratado.
N'outro relanço diz Legouvé: «Ser esposa e mãi é simplesmente dirigir um jantar, governar os criados, velar pelo bem-estar material e pela saude de todos, que sei eu, é simplesmente amar, orar, consolar? Não!
Na minha opinião a mulher deve ter a instrucção da preceptora, não a erudição de uma academia. Já vê que não quero a mulher ignorante mas que tambem a não quero sabia. O Legouvé, cuja leitura me recommenda, já era meu conhecido, estava na minha estante. Acho a Histoire morale des femmes um bonito livro, mas não um livro irrespondivel, irrefutavel.
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