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Atualizado: 22 de junho de 2025
Uma vez por outra, o céu desanuviava-se, as manhãs raiavam límpidas como uma imensa e pura flor azul que desabrochasse iluminada por um sol muito louro que dourava os outeiros, os cimos dos montes, tocava as altas ramarias dos arvoredos dum fulgor vivo que parecia arder, scintilar no esplendor da atmosfera. Então, a alegria ressuscitava na paìsagem soturna como uma ave que, pela primavera, é de repente surpreendida pela alvorada gloriosa entre os ramos floridos e começa a cantar sob o mistério celeste de que vitoriosamente desce a luz. Envolvidas pelo banho fulvo da claridade, as próprias coisas inertes pareciam impregnar-se de alma, davam a ilusão de serem dotadas de movimento. Errava no ar uma beleza esparsa; as perspectivas, na nitidez do ambiente, prolongavam-se indefinidamente, cheias de poesia e de vago. A vivenda, elevando-se no meio do jardim, com as suas grossas paredes, as suas varandas, os seus telhados de largo beiral onde as pombas arrulhavam em certos instantes, as suas escadas de pedra com grades de ferro pintadas de verde, em que as roseiras de trepar se enroscavam, animava-se tambêm com o júbilo triunfal daquela festa da natureza. Mais satisfeitos e expansivos, os criados palravam na cozinha,
Amador da natureza, ia procural-a no panorama que d'aquella alameda se descortina, talvez como para saturar a sua alma d'esse pantheismo artistico de que os pintores que copiam do natural precisam impregnar-se. Falei-lhe uma tarde na minha passagem habitual por S. Pedro de Alcantara. Estava bem disposto, communicativo. Os olhos conservavam o seu brilho agareno.
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