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Atualizado: 31 de maio de 2025


Seja menos egoista meu poeta, e glose o motte: Leva-me preso comtigo N'um fio dos teus cabellos, que é para eu remetter com aquella oitava a Mariquinhas. Quero uma decima triste, triste como o miserere. Temos outra. Pois se o padre é quem está triste, porque não compõe a glosa? Porque tenho que pregar um sermão na quinta-feira, o vapor sahe amanhã para a Bahia e hoje é terça.

Vós sois huma Dama Das feias do mundo; De toda a fama Sois cabo profundo. A vossa figura Não he para ver; Em vosso poder Não ha formosura. Vós fostes dotada De toda a maldade; Perfeita beldade De vós he tirada. Sois muito acabada De taixa e de glosa: Pois quanto a formosa, Em vós não ha nada. Do grão merecer Sois bem apartada; Andais alongada Do bem parecer.

Triste vida se me ordena, Pois quer vossa condição Que os males, que dais por pena, Me fiquem por galardão. Glosa. Despois de sempre soffrer, Senhora, vossas cruezas, A pezar de meu querer, Me quereis satisfazer Meus serviços com tristezas. Mas, pois em balde resiste Quem vossa vista condena, Prestes estou para a pena; Que de galardão tão triste Triste vida se me ordena.

Herculano, se tivesse vocação litteraria, fazia umas botas. Parte d'aquellas obras diz Fernandes que é glosa da Notre Dame de Victor Hugo. Eurico é a variante do typo de Claudio Frollo; O Monge de Cistér é variante da paixão de Esmeralda e de Phebus; O Bobo é o desenvolvimento de Pierre Gringoire; A Historia de Portugal é apenas a historia dos concelhos precedida da biographia dos reis.

Eu cego, mas atinado, Quando vi que vos não via, Do mesmo Amor indignado, Ja vêdes qual ficaria Sem vós e com meu cuidado. Retrato, vós não sois meu; Retratárão-vos mui mal; Que a serdes meu natural, Foreis mofino como eu. Glosa. Indaqu'em vós a arte vença O que o natural tẽe dado, Não fostes bem retratado; Que ha em vós mais differença, Que no vivo do pintado.

Sem vós, e com meu cuidado, Olhae com quem, e sem quem. Glosa. Vendo Amor que com vos ver Mais levemente soffria Os males que me fazia, Não me pôde isto soffrer; Conjurou-se com meu Fado; Hum novo mal me ordenou: Ambos me levão forçado, Não sei onde, pois que vou Sem vós e com meu cuidado. Não sei qual he mais estranho Destes dous males que sigo, Se não vos ver, se comigo Levar imigo tamanho.

Campos bem-aventurados, Tornae-vos agora tristes; Que os dias, em que me vistes, Alegres ja são passados. Glosa. Campos cheios de prazer, Vós qu'estais reverdecendo, Ja m'alegrei com vos ver; Agora venho a temer Qu'entristeçais em me vendo. E pois a vista alegrais Dos olhos desesperados, Não quero que me vejais, Para que sempre sejais, Campos, bem-aventurados.

Em pena tão sem medida, Em tormento tão esquivo Que morra, ninguem duvída; Mas eu se morro, ou se vivo, Nem morro, nem tenho vida. Mote. A morte, pois que sou vosso, Não a quero; mas se vem, Ha de ser todo meu bem. Glosa. Amor, qu'em meu pensamento Com tanta se fundou, Me tẽe dado hum regimento, Que quando vir meu tormento Me salve com cujo sou.

Palavra Do Dia

arreiaõ

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