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Ah, ah! exclamou ele; eis o meu homem! E, caminhando direito ao pintor, estendeu-lhe a mão, gritando: Como passa, querido amigo, cujo nome ignoro! Estou encantado pelo encontrar! Depois, vendo o senhor Germinal e sua filha, tirou o chapéu e cumprimentou-os com galantaria.

Recitado este discurso, enterrou com um murro o chapéu na cabeça, enfiou as notas nos bolsos das suas calças esfarrapadas, e, radiante, com os olhos a cintilar, e a boca entreaberta por um franco sorriso, desceu a escada cantarolando. O senhor Germinal seguiu-o, um pouco pálido ainda, mas desta vez tranquilo... e quase alegre também! Havia exactamente doze anos, que o desastre se dera.

E, enrolando as notas com evidente voluptuosidade, continuou: Visto isso, considero-me seu devedor, e quero pagar... O senhor Germinal desdobrou um papel e apresentou-o a Pedro. O que é? perguntou este último.

O pintor leu o que se segue: «Aos herdeiros ou parentes do senhor Onésimo Toucard, falecido em 8 de maio de 1872, roga-se com instância, para seu interesse, que se dirijam a M. Germinal, rua dos Mártires, n. 87

Os nomes de Flaubert e dos Goncourt não sahiam das nossas boccas, n'uma encantação perenne; e era com uma anciedade viva, com um fervor religioso, que aguardavamos os volumes mais recentes de Bourget e Daudet e da galeria gigantesca dos Rougon-Macquart. Germinal desabrochara e florira para nós n'um Sinai de fulgurações e assombros... Novos, muito novos que então eramos, seguramente.

O senhor Germinal aproveitara dois dias de feriado, na Páscoa, para desposar uma rapariga... um pouco mais pobre do que ele. Era de natureza humilde e tímida, como a dele, mas delicada, fraca e demasiado franzina para resistir ao sopro gelado da miséria. Morreu de parto, deixando-lhe uma filha, com as suas feições, e a quem o empregado pôs o nome de Rosa, em memoria dela.

Aceito este oásis encantador... com a condição, porém, de restituir-lho quando a fortuna o houver atraiçoado. Com mil amarras!... Espere por isso! Graças a Deus, estou curado da febre de traficar; viverei como um bom burguês; o meu amigo Germinal ensinar-me-á o gamão; e nunca mais especularei, senão em sonhos.

Sejamos felizes... que não é sem tempo! O senhor zomba de mim? Eu!... zombar! Ah? antes beijaria o rasto dos seus passos! Zombar, quando a sua presença e a de Rosa, aqui, em casa estranha, sobre este terreno neutro, onde de certo esperava encontrar-me, me provam que... Com a breca! interrompeu o senhor Germinal; é de uma rara impudência!... Pretende acaso dizer...

Enquanto a Rosa, depois de André partir, fazendo um colar dos seus braços nevados ao papá Germinal, cobriu-lhe de beijos as faces enferrujadas, e gorjeou-lhe ternamente ao ouvido: «Muito obrigada, meu bom, meu querido, meu adorado papázinho!» E, feito isto, voou para o ninho.

O senhor Germinal contou-os, recontou-os, espalhou-os, beijou-os, e depois, acamando-os num maço, contou-os ainda outra vez. Eram noventa e dois. O senhor Germinal não devia conservar dúvida alguma sobre o seu numero e valor, porquanto os verificava trezentas e sessenta e cinco vezes por ano.

Palavra Do Dia

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