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Atualizado: 5 de junho de 2025


4.º O cofre do capitão-mór. O jogador. Inedito do poeta Fr. Bernardo de Brito. Lisboa. Litteratura brazileira. Á Actualidade. A exma. madrasta d'el-rei D. Luiz I calumniada. Os salões, pelo visconde de Ouguella. O decepado. Caridade barata e elegante. Profunda reforma nos costumes da via ferrea portugueza. Formosa e infeliz. Antonio Serrão de Castro. 5.º Petronilla, Gamarra, Zamperini.

Vem depois um attestado do solicitador de causas Antonio Gamarra, passado em 1838, certificando que Marianna Joaquina da Conceição Elisia, concubinaria do padeiro em 1821, era a mesma que, desasete annos depois, se chamava D. Marianna Joaquina Franchiosi Rolem Portugal, e vivia na rua da Emenda, onde tinha carruagem propria.

Amor, zelos, a gangrena que afistulava os costumes do tempo, e o descredito das ordens religiosas femininas, compelliram o marquez a instar com a Gamarra que professasse no mosteiro de Santa Monica, da ordem de Santo Agostinho. E professou. O marquez não despegava das grades, senão para servir o rei como mordomo-mór. Tinha esposa e filhos, homens.

Mas olha que me arrisco a muito, obedecendo-te!... O teu dever é esse... Antes que todo es mi dama, diz Calderon de la Barca; e, se te não arriscares, e tudo sacrificares ao meu prazer, fraco amor me tens. Isto é apenas irrisorio, mas desculpavel. Todos temos na vida a digestão de um pedaço de Gamarra.

Isabel Gamarra, hespanhola estreme, floreceu em Lisboa dezesete annos antes de Petronilia, escripturada pelo actor e emprezario castelhano Annio Ruiz. Este homem era optimo poeta, philosopho, historiador e cortezão assevera Francisco Xavier de Oliveira. D. João V dava-lhe uma pensão annual de 120 moedas de ouro. Não foi estranho aos amores de fina tempera velados pelos reposteiros heraldicos.

Isabel Gamarra floreceu entre nós quando em Paris arrebatava corações e algibeiras outra hespanhola, chamada Marianna Camarro, a celebrada dançarina; mas a nossa, que parecia, com pouca corrupção, a outra, quanto ao appellido, deixou em Portugal memorias dignas de romance de grande fôlego. Um dos seus amantes foi o marquez de Gouvêa, pai do duque de Aveiro, justiçado como regicida em 1758.

O que excede toda a piedade, que uns merecem os consocios de infortunio, é que ella o trahia com um Valentim da Costa Noronha, rapaz galante, valente, o unico por quem ella sentira alguma cousa que a indemnisava da repugnancia do habito. O cavalheiro de Oliveira conta-nos assim as miudezas d'aquelles amores, que levaram o velho marquez á cova: «Conheci Gamarra melhor que ninguem.

A estima devida á esposa, o respeito paternal, o affecto dos melhores amigos, o porvir dos filhos, socego, interesses, em fim, a propria vida que expoz em muitos lances á vingança do marquez, cujo respeito benemerito soffreu muitos desfalques de encontro á coragem intrepida de Noronha... Era elle, porém, o possessor unico da ternura de Gamarra. O marquez traçou perdêl-o.

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