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Atualizado: 11 de junho de 2025


A costureira interpretou a, e respondeu, vestindo a ideia de Felizarda, com palavras innocentes, mas facinorosas em orthographia.

Um bacharel formado, que aspirava de longe os olores d'esta flôr de gira-sol, queixando-se da demora que ella posera em chegar a uma festividade de igreja, fez-lhe o seguinte improviso, depois de trabalhar tres dias a rima: Eu, que sou fogo, não tardo, ella, que é gelo, é que tarda, Se eu, que amo, feliz ardo, Felizarda feliz arda. Ella deu pulos a rir como se tivesse a critica de mad. Girardin.

O leitor sabe, por eu lh'o haver dito nas primeiras paginas d'este livrinho, que o indiscreto amanuense consentira que se escrevesse que o pai de Silvestre fôra salteador de estradas, e que o pai de Felizarda exercitara o baixo mester de fogueteiro em Famalicão. Tudo isto era expendido na tréplica de José Hypolito com grande lardo de zombarias e sarcasmos em estylo piccaresco.

Os duendes das suas visões nocturnas nas margens do Cavado sangravam-no. Era melancolico e magro como um galgo doente. A sua paixão grande, não fallando na falta de dinheiro, era Felizarda. Ganhava tres tostões na escrivaninha da camara, e devoravam-no aspirações a ter cavallo e carrinho. Entretanto, andava pelas casas a recitar a poesia de Palmeirim: Que poeta que não era Da linda Ignez o cantor;

A morgada ouviu ler as injurias entoadas com vehemencia por Jose Francisco, que as declamou como se estivesse traduzindo um periodo de Eutropio. Concluida a leitura, Felizarda, antes que o leitor a interrogasse com os olhos, exclamou: Quero ir para casa de meu pai, e hade ser . O Josésinho vai commigo. Mande dizer a meu pai que me mande a burra.

José Francisco, o estudante, era sanguineo, nedio, com as maçãs do rosto vermelhas, e os olhos enfronhados nas palpebras somnolentas. Felizarda, a noiva depositada, pareceu-lhe bem, ao passo que o amanuense da camara lhe era um antipathico bandalho, desde que em plena praça o enxovalhára perguntando-lhe, no terceiro anno de latim, o accusativo de Asinus.

O amanuense amava-a deveras: leu a carta, em que era chamado Bem da menina com V; e, dando os pezames ao seu Monteverde, fez votos de educar Felizarda nas quatro partes da grammatica, se um dia conjugassem o verbo amar, que é verdadeiramente regular quando o matrimonio o defeca. Trocaram-se cartas assiduas. Felizarda começava a ser um pouco séria, pouzeira e semsaborona. Amava.

Por esse tempo, 1846, Silvestre de S. Martinho estava muito rico, mas muitissimo aborrecido na diluente ociosidade de tantos annos. Ás vezes, mandava comprar polvora bombardeira, furava canudos, apertava-os com guita alcatroada, e fazia foguetes para se distrahir. Felizarda, bastante entretida com a arte, pedia á mãe que lhe ensinasse a fazer valverdes e bichinhas de rabear.

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