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Quando chegaram não viram senão uma serpente, fugindo por cima dos penhascos, e uma corsa branca pulando por entre as arvores. A velha Aldonça appareceu de repente ao pé da fonte, e acenou-lhes. Recebendo das mãos da donzella as tres regaçadas de ortigas, banhou-as outras tantas vezes na agua encantada, pronunciando algumas palavras a meia voz.
Helena de Noronha, de cada vez mais encantada com a attitude despretenciosa e alegre d'aquelle rapaz que reproduzia nas feições e nos gestos os modos e as feições de Norberto de Noronha, sentiu-se extraordinariamente feliz ao ouvir da bocca do proprio filho palavras de compassivo perdão para o criminoso abandono a que ella o votara.
Com a differença de que se um grosseiro, por descuido, alguma vez se mostra amavel, fica a gente encantada com essa surpresa; ao passo que se um amavel, tambem por descuido, commette uma grosseria, fica a gente quasi vexada de vêr que elle estragou com um involuntario borrão todo o seu passado de homem fino.
D'onde se não espera vem o remedio. Has de ser feliz! Ditas estas palavras, abysmou-se em tão profundo scismar, que parecia morta. Não quiz saber mais a donzella. Voou á fonte com a fé viva dos quinze annos e da esperança. Ao pé do primeiro álamo parou e tremeu. Não vira a serpente, nem a corsa encantada, mas vira um mancebo robusto e gentil, filho do mais abastado cavalleiro villão das cercanias.
Contempla o vasto horisonte Que o sol vivido illumina; Olha as flores da campina; Escuta as aguas da fonte; Respira esta aragem pura, Embalsamada, e suave; Ouve o cantico d'essa ave, Que improvisa na espessura! Recolhe n'alma o perfume, D'esta encantada poesia. D'este sol, d'esta alegria, Que em torno de nós fulgura, E responde, minha vida, Se a nossa alma neste instante Póde com tanta ventura!
Onde se encontra a ventura, Esta encantada visão, Que tantas vezes procura, Mas debalde, o coração? Nas pompas da formosura? Nos esplendores da gloria? No poder de conquistar A mais difficil victoria Com o mais timido olhar? Oh! como então és feliz, Porque tudo te revela, Que não ha face mais bella, Nem existencia tecida De mais florído matiz!
Quem ao vel-a tão ditosa Tão feliz por ser amada, E tão feliz por amar, Bella, fragrante, viçosa, Cheia de vida no olhar, De luz na face encantada; Quem diria que esse amor Seria a chamma fatal, Que a devia emfim matar!? Pobre florinha do val, Da aurora ao primeiro alvor Nasceu, e sorrindo, amou, Mas com a tarde... expirou! Junho de 1857. Á filha do meu amigo Magalhães Coutinho
Isso agora é outro caso... Acho que fiz uma asneira em lembral-o á pobre moça! Faça favor de lhe dizer que me desculpe. Ora olhem quem havia de dizer que o tal rapaz dera á casca lá no Brazil! Pois eu cuidava que ella estava, como diz lá o outro, encantada por elle, como a doninha com o sapo.
Maria continuava a ser portanto para mim, ainda depois de convencida de existir, a minha nobre dama encantada no seu solar remoto e inaccessivel; e eu, o servo seu poeta, cantando-a só pelo gosto e pela necessidade de a cantar. A maior parte dos meus versos não lhe chegava ás mãos, nem mesmo apparecia ao publico, ou se revelava aos amigos.
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