United States or Western Sahara ? Vote for the TOP Country of the Week !


Ai! nesse instante do ceo, Que á terra breve fugíra, Que a elle inteiro volveu! No horisonte estremeciam, Ebrias de amor as estrellas, E teus olhos se fitavam Na luz scintillante d'ellas;

Que te fulminem, Jacintho! diria um leitor circumspecto. Achou-lhe airoso movimento na alma, assim como nós, os filhos d'este seculo cortez e cavalheiroso, lhe achariamos na arca do peito as vertigens ebrias d'um trovista de tasca. A poesia, que um sorriso meigo de mulher agradeceu, logrou a sua nobre missão: divinisou-se.

O leitor de certo se convertia ouvindo o egresso; mas Jorge Coelho ia tão dentro em si, tão lacerado pelo abutre da paixão sem esperança, que as palavras do douto velho lhe eram como esponja de fel e vinagre espremida nas chagas. Pernoitaram na Amarante, onde chegaram ao fim da tarde do segundo dia de jornada. Em quanto o egresso entrou no velho templo a fazer oração a S. Gonçalo e visitar os cubiculos onde viveram santos varões da sua creação, Jorge foi sentar-se á beira do Tamega, e ahi rompeu em pranto desfeito, com os olhos postos nas ondulações das serranias para além das quaes lhe ficava o Porto. O padre sahiu indignado do mosteiro praguejando, menos evangelicamente que de seu costume, contra o governo que permittia á municipalidade amarantina que as vivandeiras do destacamento aquartellado nos dormitorios do mosteiro dançassem ebrias e meio nuas a canna verde e a sirandinha no refeitorio e na claustra.

Àquela hora havia pombas no silêncio irreal da praça. Discretamente, pus-me a olhar tambêm a fonte. Ao centro, o Neptuno de mármore é boçal; uma ronda de ninfas alongadas num bronze de patine quási azul; os cavalos marinhos saltam na água e os tritões que cercam tôda a taça tem a alegria de quem vive na água, uma beatitude cínica e animal, espirrando das máscaras de bronze por fossetas de riso, bocas ébrias, em verve muscular, em gestos vivos. Os dorsos luziam de água esparrinhada, e de estátua p'ra estátua voavam pombas fazendo em roda aquele adágio de asas que

A Egreja é uma serpente escura, bicho immundo, Gigantesco reptil que a volta ao mundo, E em cujas espiraes ebrias de raiva insana Um Lacconte immortal a consciencia humana; Ha seculo se estorce em convulsão atroz. Os ellos d'esse monstro implacavel sois vós, Sacristas. A cabeça é o papa. Ora as serpentes Tem a força na cauda e o veneno nos dentes.

As mulheres são vãs; mas altas e morenas, D'olhos cheios de luz, nervosas e serenas, Ebrias de devoções, relendo as suas Horas; Outras fortes, crueis, os olhos côr d'amoras, Os labios sensuaes, cabellos bons, compridos... E ás vezes, por enfado, enganam os maridos!

Adoraria a gloria De ter sentido, eu , n'esta existencia, Todo o sangue dos martyres da historia Cair-me, gota a gota, na consciencia! Quizera ter colhido o goso ardente De vêr no circo, em Roma, as feras brutas; Nero a rir-se feroz, ébrio e contente, Nos braços nús das ébrias prostitutas!

Palavra Do Dia

moveu-se-lhe

Outros Procurando