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Atualizado: 18 de maio de 2025
D. Dorothéa apressou-se, segundo o costume, a visitar o conselheiro; Henrique acompanhou-a e de caminho pôl-a ao facto do estado do seu coração, e encarregou-a de communicar isto mesmo a D. Victoria e de fazer-lhe, em seu nome, um formal pedido da mão de Christina. D. Dorothéa ficou a principio admirada. Ainda se não desacostumára de considerar Christina como uma creanca.
O caracter intimo da conversação foi levemente modificado por a entrada de D. Dorothéa e de Henrique de Souzellas, que de Alvapenha vieram visitar o conselheiro, mal tiveram noticia da sua chegada. O conselheiro acolheu com jovial cordialidade a senhora de Alvapenha e com delicada franqueza Henrique, que elle conhecia de Lisboa.
Henrique habituára-se já a estes placidissimos habitos; e apesar de não ligar attenção á conversa, ou por isso mesmo que lh'a não ligava, achava-lhe certas virtudes estomacaes, que lh'a tornavam agradavel. Depois de muitas voltas a conversa caíu sobre as occorrencias do auto dos Reis. Eu ainda estou para saber como aquillo foi! dizia D. Dorothéa. Quando me lembro! Como aquella rapariga falava!
Por que não? Versos?! Versos, sim, senhora. D. Dorothéa fez um gesto de incredulidade. Henrique ia redarguir, quando ouviram passos no patamar de pedra da entrada e após algumas pancadas á porta da sala. Abra, tia Dorothéa disseram de fóra as vozes de Magdalena e de Christina, que fôram logo reconhecidas.
Todavia, madre Paula suppunha a Irmã Dorothêa vivendo em paiz estrangeiro, protegida pelo seu seductor, a essas horas talvez elevado ao cargo de Provincial ou Assistente, com outro nome diverso do que a principio tivera. E n'este caso, como é que os dois esqueceram Paulo, deixando-o entregue aos cuidados de duas pessoas amigas, de quem mais não quizeram saber?
Bom? quem sabe! desgraçado, sim, ou diz antes, Dorothea, que já não é coração; só sinto a minha alma, só sinto este desejo do céo; recordo quanto amei, quanto soffri, e tudo aceito, e o mais que soffrer, com o contentamento de uma penitente. Pois verás que ainda havemos de ter dias de alegria, Carlota!
Eu se fôsse disse D. Dorothéa fazia como a morgada, e o rapaz, em vez de vir a ser só padre havia de se formar em Coimbra, como o reitor de Friande... Isso era se elle quizesse ser padre; acudiu D. Victoria mas parece-me que não quer. Nada, nada, eu o que fazia era demittir aquelle velhaco do Pertunhas, e dava a este o logar de mestre de latim, e arranjava que ficasse tambem com o correio.
O que em cinco mezes se tem passado! soluçou ella Morto! é possivel que elle já não viva!... que eu esteja aqui, eu, meu Deus, eu que o adorava até á perdição! e pôde elle abandonar-me, esquecer-se da pobre Carlota! Isto não póde ser, Dorothea!... eu nunca o vi morto nos meus delirios, nunca, nunca o vi senão como na ultima vez que lhe fallei, jurando-me um amor eterno... Será isto uma falsidade?
Adeus, espôso do meu coração! Maria, minha filha, toma sentido no ar, não te resfries. E o sol... não sáias debaixo do tôldo no bergantim. Telmo, não te tires d'aopé d'ella. Dá-me outro abraço, filha. Dorothea, levaes tudo? Ouve. *Manuel*. Não tenhas cuidado; vamos todos com ella. *Magdalena*, seguindo com os olhos a filha e respondendo a Manuel de Sousa. Cuidados!... eu não tenho ja cuidados.
Desde qua tomamos sob a nossa protecção essa creança devemos proceder para com ella como se foramos seus unicos e verdadeiros paes... De que serviria sabermos que o padre Anselmo e a irmã Dorothea são ainda vivos? A mãe renegou-o ao nascer, e o pae nem talvez tivesse noticia do seu nascimento.
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