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Atualizado: 10 de junho de 2025
Recuemos, porêm, um pouco. No despovoamento de Portugal, se alguns homens se apartam das mulheres, outros levam-nas e algumas das que os acompanham identificam-se com elles em rasgos de heroismo e dedicação, que as egualam ás mais celebres espartanas. Nos memoraveis cercos de Diu lá as vemos fazendo rosto ao inimigo, correndo da agulha á lança, do estrado á muralha.
Porém quatro annos depois, intervindo nas questões internas dos sultões e rajahs da peninsula, Nuno da Cunha obteve a permissão de construir a fortaleza de Diu, celebre depois pelo heroismo dos seus cercos. A politica do governador não desdenhava, comtudo, o assassinato; e o pobre sultão de Kambai, convidado a uma entrevista, foi trucidado, á maneira do que já succedera antes em Hormuz.
Calára-se o canhão; o fumo das metralhas Ja não tostava a tez aos bravos defensores De Diu e de Malaca!
Este era o theatro verdadeiramente nacional até o anno de 1600, em que floresceu Simão Machado, auctor do Cerco de Diu e da Pastora Alfêa. Muitas composições d'este genero se perderam, ou não chegaram á nossa noticia, como os Autos de Antonio Pires Gonge, de Sebastião Pires, e de António Peres, que dizem que escrevera mais de cem dramas.
Os que no meiado do XVII seculo observavam o imperio portuguez, diziam no estylo pretencioso do tempo: «Está o estado da India tão velho que só o temos por estado. Se foi gigante é pigmeu. Se foi muito, não é já nada.» Era apenas Goa e Macau, Bassaim, Daman, Diu, Moçambique e Mombas.
Quem via a esquadra com que Nuno da Cunha se foi a Diu, podia avaliar a transformação que trinta annos apenas, ou menos ainda, tinham produzido no caracter dos portuguezes. Ninguem os tomaria já pelos descendentes de Pedralvares Cabral, envergonhados da sua pobreza em Kalikodu; nem sequer pelos piratas domesticados com a disciplina de Albuquerque: pareciam já mouros, na opulencia e nos costumes.
Na batalha de Alfarrobeira, sobre um montão de cadaveres, cahiu defendendo a innocencia e bom nome do seu desventurado amigo. Onde estavam os do valente capitão da nova Diu, do rei soldado da patria, quando o vulgacho no meio da praça publica, assentado no seu lodaçal mandava derrocar as leis, as recordações e a gloria d'uma nação inteira?
O Amor da Patria sempre se interessa mais pelas acções Illustres que nos precedem; porém a nossa curiosidade mais vivamente se inflama quando vemos que o sexo das graças e beleza tem servido de engrandecer a nossa Historia: No tempo em que o nome Portuguez se fazia temido nas mais remotas partes do mundo em que as nossas Bandeiras tinhão o respeito das Nações da terra, em que a nossa Linguagem foi aprendida pelos mais antigos Povos da Asia para receberem o nosso Mando: As nossas Emprezas encontravão obstaculos, porém não os encontrava a nossa gloria, nem a nossa Fortuna: A Praça de Diu foi hum theatro de ambas!
1573 Commentario do cêrco de Goa e Chaul, & Ha um exemplar na Livraria da Torre do Tombo. 1574 Successo do Segundo Cêrco de Diu, de Jeronymo Côrte-Real. Ha um exemplar entre os Reservados da Bibliotheca Nacional, mas não chegámos a vê-lo, por falta de occasião. » Regras que ensinam a maneira de escrever a orthographia portuguesa, por Pedro de Magalhães de Gandavo.
Estes foram Francisco de Sá, alcaide-mór do Porto, D. João Mascarenhas, capitão que foi do segundo cerco de Diu, Diogo Lopes de Sousa, governador da casa do civel. Os da villa vendo já com os olhos a traição, e engano em que os traziam, bramiam como leões, desejando dar-lhes o pago de seu bom governo e lealdade.
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