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Conseguiu finalmente passar para a deveza, e foi sentar-se no logar, em que lhe apparecera a visão e ahi se demorou algum tempo; mas lembrando-se de que eram quasi onze horas, levantou-se para não faltar ás promessas feitas á tia Dorothéa, e que eram: a de visitar as senhoras do Mosteiro e a de estar em casa pouco depois do meio dia, para não transtornar a regularidade dos habitos domesticos em Alvapenha.

Chegada a hora da morte Poz-se o rei a meditar Grandezas da sua sorte Seus reinos á beira-mar. Deixava um rico thesouro, Palacios, villas, cidades: De nada tinha saudades, A não ser do copo de ouro. No castello da deveza, N'aquellas salas sem fim, Mandou armar uma meza Para um ultimo festim. Convidou sem mais tardar Os seus fieis cavalleiros, Para os brindes derradeiros No castello á beira-mar.

Alí, naquêle Cristo de olhos virgens Fitos nos longes vêrdes da devêza Mergulhada nas hórridas calígens Da formidavel dôr da Naturêza... Ó pombas de Belêm, voái em bando... Espedaçái os corações de dôr Á vista do misterio formidando Da morte do Senhor! Ó pombas de Belém, voái em bando...

Que são estes ephemeros sonhos, Os que vem derramar grata essencia Sobre a tarde da nossa existencia Dar-lhes vida, perfume, e calor! Agosto de 1854. Á memoria da Ex.ma Sr. D. Maria Gertrudes Manuel da Cunha. Na hora melancolica, Do despedír do dia, Quando se escuta o cantico, Ou extranha melodia, Que na deveza languido Desprende o rouxinol;

Por isso o nosso poeta exclama, n'um impeto de dôr sincera e tragica: Ouve tu, meu cançado coração, O que te diz a voz da Natureza «Mais te valera, e sem defeza, Ter nascido em asperrima soidão! Ter gemido, ainda infante, sobre o chão Frio e cruel da mais cruel deveza, Do que embalar-te a Fada da Belleza Como embalou, no berço da Illusão!

Não tarda a madrugada. E o campanário, e a igreja, e a fortaleza da muralha impassivel que resguarda as eiras, as moradas e a deveza, se o ímpeto das águas ameaça, quando em torrente desce das montanhas, geladas, no inverno; e o rio, e os amieiros, e os palácios, e a ponte, sombriamente altiva e orgulhosa: sonham encantos ao luar cadente que em derradeiro afago ainda os protege no silencio da sua mansidão. A rocha e a onda, que eram inimigas e porfiádos combates combatiam pertinázmente disputando o chão, confundiram-se, adorando o luar; e na mesma doçura adormeceram, dormindo o mesmo sôno, desarmadas, ambas humildes, dóceis e sujeitas

Ladeava elle um campo, cingido de altas silvas, a procurar saida para a deveza, da qual um fundo vallado o separava, quando lhe pareceu ouvir um rumor de vozes, como de alguem, que conversasse perto d'alli. Parou a certificar-se. Não se enganára. Era do outro lado da sebe, e na deveza, para onde tentava passar, que se estava falando.

Entanto, por uma escadaria de balaustres, tinhamos descido ao jardim, do seculo XVII, todo em meandros e porticos de buxo, que de resto ha muitos annos ninguem tosquiava, e canteiros adentro mantinha uma desordem d'arbustos sem trato, e hervas bravas crescendo á doida, como nos pouzios da devêza, ao Deus dará. E de leitura hespanhola, como vamos?

Na mulher, que estava deante de si, reconheceu a leitora da deveza, a interessante rapariga, que tanto o preoccupára. Era ella, era o mesmo vestido de xadrez, era a mesma cabeça, agora melhor apreciada ainda, porque nada havia a encobrir-lhe a fronte de um primoroso modelo, e os cabellos penteados com tanta graça como singeleza.

«Começam a fumegar ao longe os tectos dos vilares e dos montes altos vem crescendo as sombras que se alastram sobre a terra». Tingiu-se de ametistas o poente. O campo adormeceu. Calaram-se as enxadas na deveza. Entre rumores dos gados que recolhem, caminha para a morada o cavador.

Palavra Do Dia

resado

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