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As vaccas, vindo o dia, derramadas, De mi desamparadas, vem bramando, Sinal n'aldeia dando em seu bramido De qu'era ja perdido o pastor seu. Seu pae adoeceo tambem de nojo: Da morte foi despojo ao dia quinto. A dor que daqui sinto he sem medida. Pois m'apartou da vida, a vida acabe, Ou n'alma, onde não cabe, faça pausa.

Durava um mez o cerco, o não fôra para tão demorada campanha que os Cruzados tinham vindo. A alkassba não caía! os perros musulmanos não se rendiam! Entretanto elles, Cruzados, iam morrendo de feridas, de insolações; e o despojo promettido não chegava. Não podiam perder assim o seu tempo.

E porém El-Rei sem embargo de todo determinou correr primeiro o campo d'Arzila, e vê-la, com desejo de a tomar, o que logo pôs em obra; porque partiu logo para Alcacere, e de hi com o Infante passou a serra pelo porto d'Alfeixe, e em amanhecendo deram em umas aldeias, que com o aviso e mêdo da ida d'El-Rei eram despovoradas, e porém correram legoa e meia por outras partes, e n'aquellas principalmente que o Infante D. Fernando barrejou mataram alguns mouros e captivaram muitos, e arrancaram muito gado e outro despojo, com que de noite passaram o rio de Tagadarte, e junto com elle da banda d'Alcacere se alojaram aquella noite.

Que pensamento te suggere a vista d'esse triste despojo humano? Primeiramente, a ideia de que todos caminhamos para a mesma miseria... E depois? Depois, que a Morte é a niveladora implacavel do genero humano. Assim, crês que na Morte se confundem bons e maus, virtuosos e impuros? Creio que, materialmente, tudo se confunde na mesma podridão. Materialmente, disseste? Disse.

As nossas mãos têm o unico mister De procurar os gosos e o prazer Do ouro, que se emprega na razão Do luxo, necessario á attracção Da vista indagadora das orgias, E indispensavel para a concorrencia Da prostituidora residencia!... As nossas mãos sómente se utilisam Nos postiços que tanto symbolisam O antro por onde sempre rezidi, E n'elle então, uma vez ali, Quando na ausencia, quando no despojo Das seducções, tudo logo é nojo No labyrintho d'horas viciosas, Na balburdia de noites amorosas!

93 Tornam vitoriosos para a armada, Co'o despojo da guerra e rica presa, E vão a seu prazer fazer aguada, Sem achar resistência, nem defesa. Ficava a Maura gente magoada, No ódio antigo mais que nunca acesa; E vendo sem vingança tanto dano, Somente estriba no segundo engano.

O campo vay deixando ao vencedor Contente de lhe não deixar a vida Seguẽ no os que ficarão, & o temor Lhe da não pês, mas aſas aa fugida: Encobrem no profundo peito a dor Da morte, da fazenda deſpendida, Da magoa, da deſonra, & triste nojo De ver outrem triumphar de ſeu deſpojo.

Quem anda lido nos chronistas d'aquella epocha sabe que os taes martyres de Christo em presentindo avultado despojo atraz de qualquer muralha eram capazes de a desfazer com os dentes; e Affonso I lhes cedera o sacco da cidade. Vertendo o sangue para conquistar esta, trocavam-n'o por ouro; perecendo, conquistavam o ceu. N'aquelle tempo associavam-se bem o enthusiasmo religioso e a cubiça.

Orgãos e frauta deixava, Despôjo meu tão querido, No salgueiro que alli'stava, Que para tropheo ficava De quem me tinha vencido. Mas lembranças da affeição Que alli captivo me tinha, Me perguntárão então, Qu'era da musica minha, Que eu cantava em Sião? Que foi daquelle cantar, Das gentes tão celebrado? Porque o deixava de usar, Pois sempre ajuda a passar Qualquer trabalho passado?

Mostrar-lhes-hei que a creança é um homem, que póde disputar primasias de coragem aos mais fortes. E n'esta resolução avançou para mesa, estendeu o braço e ia a tocar no funebre despojo, quando a voz mysteriosa recuou de novo, gritando: Detem-te! O que ias fazer? Tocar n'esta caveira respondeu o mancebo com voz tranquilla. Com que fim? Com o fim de provar que a ideia da morte me não apavora.

Palavra Do Dia

rivington

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