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«E, assim, tinha mais outra cousa, a meu fraco juizo e parecer: é que o bom pastor, n'aquela baixeza de estilo, pela impressão da presunção que punha, e de si mostrava, como que via mais depressa haverem d'êle compaixão todas as pessoas que o ouviam, tanto póde a imaginação em todas as cousas.

«Lamentor houve d'êle , maiormente de suas lagrimas, que lhe viu; e, tomando-o pelo braço, o ajudou a erguer, dizendo: «Do amor, senhor cavaleiro, nos podemos queixar com razão; que, assim como vos êle a vós fez aqui guardar esta passagem, me fez a mim fazer-vos dano. De vo-lo ter feito, me pesa como homem; que, fazer-vo-lo, foi como namorado.

«Esta maneira puderam ter para os namorarem, se não foram namoradas d'êles. «Mas, ao amor, quem lhe porá lei? «Porém, este desagradecimento dos homens que é o seu nome verdadeiro trouxe muitos desventurados fins, como vereis n'este cavaleiro em que falâmos. «E não foram vãos os rogos que Cruelcia fez, com as mãos erguidas ao Ceu, pedindo d'êle vingança.

«E assim enleado, ácerca do que seria, esteve até que a manhan o levou d'ali, bem contra sua vontade; porém, não se pôde ir para longe d'ali. «Da mágoa d'êle, não vos quero contar. Era homem; poderia com éla. Pela sua idade, e pelo amor de creação que lhe a ama tinha, creu logo de todo, e pelo socego de Aonia, feito por acinte, o acabou de confirmar, e houve o passado por nada.

Ainda que, quem me manda a mim olhar por culpas, nem por desculpas? O livro ha de ser do que vae escrito n'êle. Das tristezas não se pode contar nada ordenadamente, porque desordenadamente acontecem élas. Tambem, por outra parte, não se me nada que o não leia ninguem; que eu não no faço senão para um , ou para nenhum; pois d'êle, como disse, não sei novas, tanto ha.

Comtudo, porque era de alta criação, lhe disse, como desculpando-se: «O amor demasiado não vive em terra de razão, mas eu irei tomar vingança d'êle n'outras, alongadas d'esta, onde não veja cousa com que os meus olhos descansem; ainda que esta vingança bem me pésa, pois que ha de ser de mim e de meu cuidado?!» «E assim se virou para outro lado, e deu a andar pelo vale abaixo.

Desde que se apossou d'ele a inteligencia, não parece o mesmo: assaltam-no estranhas veleidades, caprixos desconhecidos. Ele o sismador, o solitario, recorda-se do vae soli e lembra-se de comunicar com o mundo, de se mostrar um pouco á luz do dia. Caro lhe custa o: caprixo! Quanto não perdeu ele ja com passar de sentimento ao estado d'idea! Quanto não perderá agora passando d'idea a fáto!

«E, chegando ás vacas, começou tam feramente a pelejar com outro seu egual, que espanto fazia a éla, onde segura estava d'êles, não mais. «E, andando assim, começaram de se ir chegando, com grande peleja, para o lugar onde êle estava. E, com o espaço que se metia em meio, tolhendo-lhe os touros a vista d'ele, parecendo-lhe que o tomavam debaixo, caiu para o outro lado, como morta.

Nem na sua comunicação á Academia das Sciências de Portugal, nem no seu artigo do jornal «O Dia», nem na carta que nos dirigiu, se referiu, embora ao de leve, o snr. dr. T. Braga á carta de Cristovam Falcão de Sousa... Compreende-se. O documento é tam esmagador, que o infatigavel polígrafo foge d'ele como dizem que o diabo foge da cruz.

A velha e honrada ama, que, com o que suspeitou, entendeu o desassocego de Aonia, que diferente foi logo para quem atentasse n'isso, andava triste, e desgostosa, em parte de si, pelo que lhe contara d'êle. E, por isso, o sentia muito mais, e áquela ceia não pôde comer.

Palavra Do Dia

interdictca

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