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Eu, que criei de pequena A vista a quanto padece, Desta sorte m'acontece, Que não me faz mal a pena, Senão quando me fallece. Quem da doença Real De longe enfêrmo se sente, Por segredo natural Fica são vendo somente Hum volatil animal. Do mal, que Amor em mi cria, Quando aquella Phenix vejo, São de todo ficaria; Mas fica-me hydropesia, Que quanto mais, mais desejo.

Que a dedicação e a lialdade com que sempre uso servir nos lugares para que me nomeiam, possam compensar outras minhas faltas, que eu possa provar ao digno director e ao ilustre corpo docente dêste estabelecimento de instrução, a que agora muito me honro de pertencer, quanto desejo contribuir para o bom nome e reputação desta Escola, e finalmente que eu possa ter o maior e melhor pago que desejo ter: o poder ouvir dizer aos meus alunos que na vida prática de bastante lhes serviu o que procurei ensinar-lhes, os conhecimentos que lhes transmiti, os hábitos que lhes criei e as prelecções que lhes fiz.

Nada, não, era melhor deixar morrer aquelle rapaz, que é a perola dos rapazes, aquelle rapaz que eu criei e que ha de ser, e é, a honra da familia. Pois sim, não que eu sou mesmo mulher para o deixar morrer assim. Havia de valer-lhe bem. O fidalgo está mesmo agora á espera dos seus conselhos.

A solidão e a tristeza são um lenitivo para a alma quando nos prendem recordações saudosas aos sitios em que habitamos e em que outr'ora fomos felizes. Estou eu n'esse caso, porque aqui nasci, aqui me criei, aqui passei dias felizes na companhia dos que me eram caros, e aqui os vi desapparecer para sempre e para nunca mais. Mas v. ex.^a, snr.

*Telmo* so. Virou-se-me a alma toda com isto: não sou ja o mesmo homem. Tinha um presentimento do que havia de acontecer... parecia-me que não podia deixar de succeder... e cuidei que o desejava em quanto não veiu. Veiu, e fiquei mais aterrado, mais confuso que ninguem! Meu honrado amo, o filho do meu nobre senhor está vivo... o filho que eu criei n'estes braços... vou saber novas certas d'elle no fim de vinte annos de o julgarem todos perdido e eu, eu que sempre esperei, que sempre suspirei pela sua vinda... era um milagre que eu esperava sem o crer! Eu agora tremo...

Fui eu que te criei, és minha! diz elle absorto, erguendo-se. Caminhas para mim alheada, não me querendo olhar e não me podendo fugir, pallida e tremendo. Vens sob o tecido do luar. Oh que palavras te hei-de dizer, ajoelhado, que singulares monologos feitos de nada e enormes, arrancados á via lactea, com palavras que nunca aprendi, nem soube dizer, mas que me brotam da alma como nascentes!

E disse logo: «D'estes agravos e perseguições em que justiça, razão, nem humanidade não consente, eu primeiramente me queixo a Deos como a e principal Senhor de todalas cousas, e depois á Real casa de Portugal em que nasci e me criei, e a que até agora bem e lealmente sempre servi.

Este curso contino de tristeza, Estes passos vãamente derramados, Me forão apagando o ardente gôsto, Que tão de siso n'alma tinha pôsto, Daquelles pensamentos namorados Com que criei a tenra natureza, Que do longo costume da aspereza, Contra quem fôrça humana não resiste, Se converteo no gôsto de ser triste.

Expulsárão-te da companhia? disse-lhe desesperadamente. Não, meu pai, tornou-lhe Manuel com tom decidido e firme. Foi sempre exemplar o meu proceder na casa dos santos padres. Elles vo-lo dirão todos, que não criei nem-um desaffecto.

Em 6 de maio pediu para que se celebrasse missa na sua propria camara, e havendo em seguida recebido todos os sacramentos, mandou que levassem á sua presença seu sobrinho D. Jorge, a quem, depois de haver abraçado com effusão, disse: «Filho, peço-vos muito que vos lembreis sempre, que vieste para esta casa de tres mezes, e n'ella vos criei, chorando e cantando, vestida de burel; tende sempre d'ella lembrança, porque ella é a minha alma, e tambem o são estas madres, que vos ajudaram a criar, como se cada uma fôra vossa mãe