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Atualizado: 17 de junho de 2025


A rainha D. Leonor não se descuidava, porém, de lembrar a D. Manoel a conveniencia de entabolar negociações com o Préste; e Pero da Covilhan, porque soavam em todo o Oriente as façanhas dos portuguezes, não perdia o ensejo, agora tão opportuno, de inspirar ao imperador abyssinio uma grande idéa de Portugal, de incita-lo a responder á nota do rei, que o tinha enviado junto d'elle, e a dirigir-lhe, por seu turno, uma solemne embaixada.

Pero da Covilhan não desfalleceu; admirou taes montanhas, que se lhe afiguravam degraus, ou escadas gigantes, amontoadas por Titans, para escalar o Céo. Maravilharam-n'o esses alcantis de granito e quartzo, com agudas arestas a desafiar as tempestades, e em cujas quebradas os diluvios do tropico tinham cavado corregos profundos.

E, dirigindo-se unicamente ao principe, perguntou-lhe: O que fizestes d'el-rei, vosso Senhor e páe? Proferidas estas palavras, que nunca mais esqueceram a D. João, appareceu Pero da Covilhan, e disse ao principe: El-rei, vosso Páe, e meu Senhor, manda-vos participar, que vivo e são está, por isso sejais tranquillo. E onde está el-rei, nosso senhor?!... perguntou com alvoroço o principe real.

Pero da Covilhan vivia, pois, na côrte de D. João II e fazia parte da sua guarda. Nem antes, nem depois, ainda houve outra côrte mais brilhante em Portugal.

Mas desconfiada sempre, como todos os da sua raça, tratou de procurar pessoa, que podésse certifica-la tanto dos acontecimentos da India, como das coisas que lhe contava Pero da Covilhan, e ella muito lhe perguntava.

Possuia prendas muito estimaveis, poderia em breve ser um excellente cavalleiro, e chamava-se Pero da Covilhan, por causa da sua procedencia. Esta narrativa ainda mais aguçou a D. Affonso e ao principe o appetite de terem o pagem ao seu serviço; e D. Juan de Guzman havia reconhecido isso na maneira como lhe fallavam d'elle.

Perdoado estais, que digno de louvor é o acto por vós praticado; e, se alguma culpa houvesseis, resgatada fôra pelo valor e brio, com que pelejastes a meu lado. Beijo as mãos de voss'alteza por mais esta mercê... Não olvidaram D. Affonso V e seu filho a lealdade e dedicação de Pero da Covilhan, como veremos.

Os olhos são o espelho da alma, e descobrem, sem o sentirmos, todos os segredos, que guardamos. Foi Pero da Covilhan mandado chamar pela rainha.

E, dizendo mais, que não podia por emquanto prescindir da sua companhia, prezenteou Pero da Covilhan com uma vivenda principesca, vastas campinas e florestas, cavallos, mulas e gados, grande numero de vassallos, um senhorio immenso emfim.

A sua orphandade contribuia tambem para ella merecer as geraes sympathias, de que gozava; mas quem verdadeiramente a extremecia era a rainha, a qual muitas vezes pensava com certa tristeza na possibilidade de perder um dia o primeiro lugar, que sempre tinha occupado no coração diamantino da sua filha adoptiva. D. Leonor ignorava ainda, que Pero da Covilhan lhe havia roubado essa primazia.

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