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Atualizado: 17 de junho de 2025


Nem uma palavra, nem a mais fugitiva expressão da physionomia de Maria Thereza, podiam revelar a Pero da Covilhan qualquer sombra de tristeza pelo apartamento; e comtudo bem natural é, que fossem como realmente eram, sempre que se separavam, docemente feridos ambos pelo espinho da saudade. As despedidas em vez de os desfallecerem, animavam-os.

Pero da Covilhan, que necessitou de lançar-se n'esse trafico, não podia fazer itinerarios á sua vontade, e accommodava-se ás circumstancias tirando d'ellas todo o proveito.

Até pelo seu espirito passou o receio de que Pero da Covilhan a desprezaria, pois estava convicta de que fôra desprimorosa para com elle, e de que uma palavra polida é sempre facil de responder. Quando pouco depois avistou Pero da Covilhan, não poude fallar-lhe; mas retribuiu com um sorriso da mais ineffavel candura a gentileza, com que elle a cortejou.

No dia seguinte, que era o setimo de maio de 1487, D. João II, tendo a seu lado D. Manoel duque de Beja, entregou a Pero da Covilhan, que se apresentou com Affonso de Paiva, uma carta de marear, feita em casa de Pedro d'Alcaçova, pelo licenciado D. Diogo Ortiz, o Calçadilha, depois bispo, e pelos physicos hebreos, mestre Rodrigo e mestre Moysés, os quaes tomavam com o primeiro parte na junta dos cosmographos.

No mercado diario, sempre fornecido de pão, fructas, hortaliças, legumes e carne, encontrou Pero da Covilhan rapazinhos orfãos, e desvalidos, que, mediante uma paga certa de pequenas moedas de cobre, denominadas foluzes, e do valor de quatro a seis ceitis cada uma, conduziam em duas alcôfas de differente tamanho, chamadas Magtalá, as compras feitas pelas pessoas, que quizessem utilisar-se d'esse serviço.

Entretanto continuava de refem Pero da Covilhan... Chegámos ao fim do primeiro quartel do seculo XVI, sem comtudo irmos mais longe, do que deviamos; é-nos, porém, preciso retroceder. Da correspondencia de Pero da Covilhan estremou a rainha D. Leonor a seguinte carta, que mandou lêr a Maria Thereza: Maria Thereza

Pero da Covilhan estava sonhando, acordado!... Rolaram-lhe sobre a face duas lagrimas, que os labios ardentes de Helena enchugaram!... Foi a primeira vez, que elle se viu chorar!... E porque chorava?!... Pobre coração humano!... O casamento de Maria Thereza com Pero da Covilhan não repugnava a D. Leonor de Lencastre, a qual tinha até o presentimento, de que não viria a realizar-se.

Raros pomares e renques de palmeiras juntos de póços, cujas aguas fossem sufficientes para as regar, moderavam de longe em longe a monotonia d'essa extensão pardacenta, onde as argilas alternavam com as areias e a greda. Terminada a romaria, Pero da Covilhan retirou para Yambo, d'onde, embarcando em um zambuco, passou a Tor.

De Rhodes, onde se forneceram de mel, com que se dispozeram a negociar, atravessaram os dois viajantes para Alexandria, disfarçados em mercadores. Era portuguez o navio, que conduziu Pero da Covilhan e o seu companheiro ao porto de Alexandria.

D'elle fizeram grandes gabos ao fidalgo sevilhano, o qual, mais talvez por alardear philaucias de familia, do que por enaltecer as qualidades do môço, ou por ambas as razões, referiu em resumo: que da Covilhan costumava ir a Sevilha o páe do pagem commerciar e conquistára grandes creditos.

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