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Atualizado: 21 de junho de 2025
O tempo que o creado demorou a ir e voltar alguns minutos apenas pareceu a Chalinhy tão longo que os mais desorientados projectos atravessaram o seu pensamento. Lembrou-lhe subir elle mesmo ao primeiro andar e forçar a porta do aposento d'esse tal Dumont que evidentemente o ia despedir, o que não era justo. Esta maneira de se apresentar pareceu-lhe impropria.
Eis tambem a justiça do motivo porque o brilho dos seus olhos feriu Joanna de Node, quando o observou ao descer da carruagem. O mesmo brilho agudo, como a lamina d'um bisturi feriu tambem Chalinhy, emquanto lhe descrevia o ataque que acommettera o sr. Dumont.
A impaciencia de tornar a ver Valentina obrigara-a a partir muito cedo para a casa aonde ia jantar, chegando a sua nevrose ao mais elevado grau, quando a marqueza de Chalinhy que, por acaso, foi a ultima a apparecer, entrou, acompanhada pelo marido, na sala em que se achavam reunidos os convidados quatorze, contando os recem-chegados.
Consistia principalmente na mais mesquinha, na mais incomprehensivel, na mais violenta das paixões de que as naturezas seccas e desprendidas, como a sua, sejam capazes: A baroneza de Node não amava Chalinhy, odiava Valentina, e desde a sua longinqua infancia, por motivos tão impenetraveis, tão intimamente nascidos no recondito da sua alma que ella propria o ignorava a principio.
Quiz ver-te, para te pedir desculpa por não ter ido hontem á Opera. Mas não podia... Estiveste até ao fim?» «Estive.» «E acompanhaste o Norberto?» perguntou a senhora de Chalinhy. «Elle dispensou a carruagem...» «Chegámos ao ponto melindroso,» pensou para si a amante.
A justificação de bravo official, que tem um nome glorioso, estava em que, mesmo com licença, só pensava no seu esquadrão. Não tinha reparado que a amante de Chalinhy se achava na sua frente. A um rapido signal, uma leve inclinação de cabeça, feito por Mosé, percebeu a sua inconveniencia.
A um novo golpe de vista lançado a Chalinhy, Joanna comprehendeu que não necessitava empregar nova ironia ella tinha ouvido a phrase de Moraines e começou com este uma animada conversação, uma d'essas tagarelices dos grandes jantares parisienses, que são a justificação plena da anthipathia dos homens superiores por esse meio banal.
Tirou da carteira as notas promettidas e passou-as para a mão do ferro velho, que, com um grande espanto, que o seu largo rosto não dissimulou, o vio atravessar a rua e ir bater á porta do pavilhão. O plano de Chalinhy era muito simples, concebera-o rapidamente, emquanto tirava as notas.
«Oh! nada», respondeu, «é a historia d'um marido. São sempre divertidas.» Poz-se a rir, mas mais alegremente, da enormidade da sua insolencia. Não pensou senão no effeito a produzir em Chalinhy, e, por acaso, o visinho a quem se dirigiu n'aquelles termos, era nem mais nem menos do que Paulo Moraines, o marido «mais marido» de toda aquella sociedade. Peor do que isso.
Valentina vinha então a essa casa sem que esse homem achasse a sua presença extraordinaria. Este novo indicio, d'um estranho mysterio, era de natureza a elevar ao auge a curiosidade do marido, que insistiu: «Entregae um bilhete ao sr. Dumont, e dizei-lhe que a senhora marqueza de Chalinhy me encarregou d'uma importante e pessoal commissão para com elle...»
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