United States or Cyprus ? Vote for the TOP Country of the Week !


Deus! como Chalinhy, escutando estas palavras que mais escureciam ainda o enygma, desejaria interrogar o professor, convidando-o a explicar-se. O que aproveitaria com isso? O que lhe era então esse senhor Dumont?

E que me acredite piamente dizendo-lhe que tenho por ella, n'este momento em que os nossos corações acabaram de bater tão proximos um do outro, durante essa hora de agonia moral, tanta veneração como piedade! «Disse-me ainda que o sr. Reynevilhe mora actualmente na rua Lacépède n.º 11, com o nome de Dumont. ValentinaEpilogo

Logo que Chalinhy lhe fez apresentar o seu cartão, no qual escreveu: Da parte do sr. Dumont, que está muito mal, foi immediatamente recebido. Ao primeiro golpe de vista, o marido de Valentina viu logo que o homem de 45 annos que a baroneza de Node vira chegar n'uma carruagem de aluguer ao pavilhão da rua Lacépède era o medico.

Depois retirou-se, dizendo: «O senhor Dumont pede desculpa de o fazer esperar algum tempo. Esteve muito incommodado esta manhã mas virá o mais breve possivel...»

O tempo que o creado demorou a ir e voltar alguns minutos apenas pareceu a Chalinhy tão longo que os mais desorientados projectos atravessaram o seu pensamento. Lembrou-lhe subir elle mesmo ao primeiro andar e forçar a porta do aposento d'esse tal Dumont que evidentemente o ia despedir, o que não era justo. Esta maneira de se apresentar pareceu-lhe impropria.

Eis tambem a justiça do motivo porque o brilho dos seus olhos feriu Joanna de Node, quando o observou ao descer da carruagem. O mesmo brilho agudo, como a lamina d'um bisturi feriu tambem Chalinhy, emquanto lhe descrevia o ataque que acommettera o sr. Dumont.

Dumont muito mal. Não pode fallar. Julgo, comtudo comprehender que deseja vel-o. A sua agitação é tal que tomo sobre mim a responsabilidade de lhe pedir que conclua a sua boa acção d'esta manhã, voltando á rua Lacépède, tambem. A minha carruagem o condusirá. Não abandonarei o doente. Venha, se pode. Á noite talvez seja tarde.» «Ah!

Valentina vinha então a essa casa sem que esse homem achasse a sua presença extraordinaria. Este novo indicio, d'um estranho mysterio, era de natureza a elevar ao auge a curiosidade do marido, que insistiu: «Entregae um bilhete ao sr. Dumont, e dizei-lhe que a senhora marqueza de Chalinhy me encarregou d'uma importante e pessoal commissão para com elle...»

Quem reconheceria o antigo homem escravo da elegante moda parisiense, o condemnado por falsificador, debaixo d'este appellido anonymo, este nome quasi impessoal de Dumont? Quando o filho fosse, de futuro, lançar flôres no tumulo da mãe, como fizera ainda no principio do mez de novembro, o tumulo do seu verdadeiro pae elevar-se-hia ali proximo implorando um olhar, um pensamento, um perdão.

Mas não jures, não pódes jurar... Sei que era ella... Não foi o sr. Dumont que vi na casa da rua Lacépède. Vi tambem minha mãe... Está o seu retrato, um retrato que não conhecia, em casa d'esse homem que ainda conhecia menos! Não é o seu retrato que se encontra, mas tambem o teu e o meu...»

Palavra Do Dia

piscar

Outros Procurando