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Atualizado: 30 de junho de 2025
No latido dos cães e no cantar do gallo sentem-se uns prenuncios de vida, signaes de habitação humana com os seus guardas, as suas provisões e os seus pomares. Essa aldeia é Villalva, um montão de casebres cortados de caminhos cheios de matto, de tojo, de urze e de carrasco, degráus informes dando accesso a casitas negras de fumo, cortelhos de magros porcos fossando na estrumeira.
Eu segui, pensando na esmola sumptuosa que o bom Deus mandava áquelle pobre casal por um remoto senhor das Cidades! Atraz vinha o pequenito perdido n'um immenso pasmo. Como todos os casebres da serra, o do Esgueira era de grossa pedra solta, sem reboco, com um vago telhado, de telha musgosa e negra, um postigo no alto, e a rude porta que servia para o ar, para a luz, para o fumo, e para a gente.
Dos dois lados são ora terrenos vagos onde uivam manadas de cães famintos, ora filas de casebres fuscos, ora pobres lojas com as suas taboletas esguias e sarapintadas, balouçando-se d'uma haste de ferro. A distancia erguem-se os arcos triumphaes feitos de barrotes côr de purpura, ligados no alto por um telhado oblongo de telhas azues envernizadas, que rebrilham como esmaltes.
Os seus pobres cavallos vão dizer mal do passeio. Com uma carga d'estas! Não, não é muito. Agora vamos depressa. D'aqui a meia hora estamos em Lourosa. A carruagem ia descendo e o aspecto dos montes modificava-se; a vegetação tornava-se mais basta e os raros casebres dispersos eram construidos de delgadas laminas de pedra schistosa. Dentro em pouco atravessavam Lourosa.
Era triste a existencia da Clarinha, passada na miseravel aldeia de casebres colmados, que rodeiam a quinta dos fidalgos como outr'ora as choupanas dos servos se encostavam medrosas ás fortificações dos castellos feudaes. As irmãs, casadas; os irmãos, passando a vida dos fidalgos d'aquelle tempo, caçavam, namoravam as primas de vinte leguas em redor, estafavam cavallos e corriam as feiras.
Trepavamos então alguma ruasinha de aldeia, dez ou doze casebres, sumidos entre figueiras, onde se esgaçava, fugindo do lar pela telha vã, o fumo branco e cheiroso das pinhas. Nos cerros remotos, por cima da negrura pensativa dos pinheiraes, branquejavam ermidas. O ar fino e puro entrava na alma, e n'alma espalhava alegria e força.
Impressionado, decidido, Topsius traçou a sua farta capa: e descemos, n'um cauto silencio, pela escada que do terraço levava um caminho de pedra miuda collado á muralha nova d'Herodes. Longo tempo marchámos na escuridão, guiados pelas roupagens brancas do Essenio. D'entre casebres em ruinas, por vezes um cão saltava uivando. Sobre as altas ameias passavam mortiças lanternas de ronda.
Do outro elevava-se uma encosta atulhada de casebres sordidos, com verduras de quintal, esfumadas, arripiadas na nevoa humida: por entre elles, torcia-se uma viella esgalgada, em escadinhas, onde constantemente se cruzavam frades de alpercatas sob os seus guardachuvas, sombrios judeus de melenas cahidas, ou algum vagoroso beduino arregaçando o seu albornós... Por cima pesava o céo pardacento.
Queimam pelas noites bravas d'invernia os sargaços verdes, que enchem de fumo os casebres e nem ao menos se desfazem crepitando risos d'oiro. Vendem aos lavradores mólhos de fetos para comprarem o pão de cada dia e as ovelhas teem o seu magro pasto por essa serraria além, entre pedreiras e pinhaes.
E de repente o murmurio recomeçou, cresceu, rolando com fragor de trovão por sobre os casebres visinhos, por sobre a cerca do Seminario, por sobre Oliveira espantada: «Não, não, que loucura! Sim, sim, meu amor!» Com um salto, Gonçalo gritou para dentro, para a cavallariça escura: Então, que inferno! não acaba, essa carroagem? Já a largar, meu Fidalgo.
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