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Não deixaremos, porém, a nossa muito conhecida casa, perto de S. Cosme, pertencente á viscondessa do Candal, por que é no caminho, que a ella conduz, que tem lugar o que passamos a contar. Uma senhora ainda joven, e outra já de mais idade caminham em silencio, e commovidas. A mais idosa é a nossa muito conhecida viscondessa do Candal.
N'esta boa velha, bem vestida e de boa presença, ninguem seria capaz de reconhecer a pobre cega, que dezoito mezes antes, quasi morrendo de fome e frio, e podendo apenas suster-se em pé, encontramos seguindo o caminho da serra de Vallongo para S. Cosme. A viscondessa do Candal e sua filha saudaram a pobre cega, e esta, prevenida pela netinha, correspondeu-lhe respeitosamente.
Perguntei se o conhecia, ergueu os hombros, e fez com os beiços um gesto, que parecia dizer: «não sei, nem me importa saber». N'outro dia, fui eu ao Candal, e no alto das Regadas ouvi tropel de cavallo, que me seguia, subindo a calçada. Escondi-me na esquina de uma travessa, e vi passar o cavalleiro: era o mesmo da cortezia.
Está bom, está bom, estamos decididos disse Norberto, receiando que os diques da ira se esboroassem. Logo que o tio doutor venha de Lisboa trata-se d'isto. Ámanhã vamos para o Candal. Lá é escusado andar com fallatorios do mirante para a estrada. Cá não se usa as noivas andarem a namoriscar á surdina.
Sua mãi, a viscondessa do Candal, receiando pela vida de D. Julia, tinha consultado os mais acreditados medicos de Lisboa e Porto, e todos tinham aconselhado os ares do campo, e o não constrangimento, como os meios mais proficuos para debellar a molestia. A viscondessa tinha portanto deixado o Porto e ido habitar com suas filhas D. Julia e D. Bertha uma quinta proximo da serra de Vallongo.
Francisco Salter foi, n'aquelle mesmo dia, ao Candal offerecer a Norberto de Meirelles os seus serviços em Lisboa, onde era chamado pressurosamente. O negociante não tinha pratica ou habilidade bastante para simular no rosto a surpreza ou o descontentamento da inesperada ausencia do genro apalavrado.
Terceiro: «Onde vae este gentil mancebo, tão á pressa e offegante pela calada da noite, subindo a collina do Candal, em cujo tôpo alveja uma casa, onde elle parece mandar adiante o coração em cada suspiro que o cansaço lhe tira do peito arquejante?
A este e outros anexins de sã moral replicava Norberto que se alguma vez apparecesse o dono dos caixões, munido das necessarias provas de ser o dono d'elles, seria entregue do deposito. Entretanto que o dono não vinha, o herdeiro do bacharel fechou-se na adêga da granja do Candal, e exhumou os thesouros enterrados para conhecer do conteúdo dos caixões.
As crianças tomaram os seus lugares, e restabelecido o silencio, o abbade da freguezia tomou a palavra, e fez o seguinte discurso: «Sinto, minhas meninas, um prazer immenso por vos vêr aqui reunidas para a celebração do primeiro anniversario da installação d'esta escóla, devida á muita philantropia e caridade christã da exc.^ma viscondessa do Candal, e á dedicação exemplar da vossa digna professora a snr.^a D. Rosa de Jesus e Sousa. Julgo desnecessario o rememorar-vos, que um tal sacrificio merece um eterno reconhecimento, por que entendo que entre vós, minhas filhas, não ha ingratas. Vós respeitaes e veneraes a exc.^ma viscondessa, e amaes com um verdadeiro amor a vossa professora, não é assim?
Ao fundo da sala vê-se uma rica imagem de Nossa Senhora da Conceição, collocada sobre um altar, bem adornado com castiçaes de prata, velas de cera e jarras com flôres. N'um dos lados da sala ha quatro cadeiras de braços; n'uma d'ellas está sentada a viscondessa do Candal, a quem D. Rosa, de pé, junto d'ella, está dizendo os nomes das suas discipulas.
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