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Atualizado: 4 de junho de 2025


Neste novo embaraço, rindo-se como Democrito, da loucura e extravagancia dos homens, recorreo Luis de Camões ao Viso-Rei, dirigindo-lhe aquelle jocoso requerimento, que anda entre as suas Rimas; e teve por despacho a soltura.

Uma commoção extraordinaria agitava os espiritos; alguma cousa de gigante, como o despertar de um povo, fazia palpitar o coração da patria; Portugal preparava-se para o tricentenario de Camões. Chegara o mez de junho; os jornaes vinham cheios de noticias relativas á commemoração do poeta. A companhia dos Caminhos de Ferro estabelecera comboyos a preços reduzidos para Lisboa.

E nem por isso elles ficam ignorados, que, a par dos heroes da espada, viveram os nobres d'outros feitos, os Camões, os Barros, os Coutos, os gigantes eternisadores das memoraveis façanhas de seus coevos, meritorios como elles, e como elles dedicados á grandeza da patria.

Além de que se Luis de Camões quizesse publicamente satyrizar a Francisco Barreto, certo he que lhe assentára mais de rijo a espada do ridiculo, que melhor que ninguem sabia manejar.

O grande Artista póde, e deve ser grato aos beneficios que recebe da Patria, dos Principes, e dos grandes Senhores: e se Virgilio immortalisou os Romanos, Camões os Portuguezes, e Homero os Gregos; tambem Raphael teve poder para perpetuar a gloria de Julio II., e Leão X.; Lebrun a de Luiz XIV.; e o Ticiano a de Carlos V.»

Os poetas épicos, seres privilegiados cuja voz não é propria, senão collectiva, são os orgãos vivos da consciencia de uma civilisação: assim Camões sente e exprime a grandeza historica do imperio das Indias, que na propria opinião particular do poeta são uma Babylonia, um poço de ignominias.

O que realmente me parece digno de notar-se é que, chafurdando em contradicções, tenha ainda folego o sr. Ortigão para as esmerilhar nos outros. Atropelando desabridamente cortezia e conveniencias começa elle, em termos raivosos e empertigados, a explicar os motivos que levaram o sr. Anthero a louvar no opusculo Dignidade das letras o drama Camões do sr.

A edição sem data, de Lisboa, podia ser feita por 1542, quando Christovam Falcão estava em Roma; e quando Camões foi para Ceuta em 1547 na carta que d'ali escreveu emprega muitos versos do Crisfal, que então, andava no gosto. Na edição de Lisboa vem duas estrophes supprimidas no texto de Ferrara e Colonia, por que continham uma inconfidencia.

Posto que na Carta de perdão se diga que o pai do soldado, Simão Vaz de Camões, cavalleiro fidalgo, morava na cidade de Lisboa, isto não affirma que elle, no anno em que o filho embarcou, alli residisse.

A vida do Camões é em quasi todos os seus successos uma lenda, ou um mysterio. Do poeta conhecemos perfeitamente o aspecto, em que se volta para nós e para a patria. Ignoramos quasi inteiramente o que se occulta nas escuras profundezas do coração e da existencia individual.

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