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Atualizado: 9 de maio de 2025
E por quanto a duvida de Muley Buquer, quando lhe pareceu que o conde D. Fernando, por não perder tal governança retardaria a entrega de Ceuta se houve por razoada, acordaram que a D. Fernando de Castro, Governador da casa do Infante D. Anrique, e a D. Alvaro seu filho, a ambos e a cada um fosse entregue a cidade, e n'ella estivessem para a darem, e receberem por ella o dito Infante, e que a este reino se viesse o conde D. Fernando, a quem se daria por a capitania e governança d'ella sua dina satisfação, e que Martim de Tavora e o licenceado estivessem por negoceadores em Arzilla.
Depois de sua morte ficou seu irmão Muley Buquer portector do filho maior do dito Çalabençala, o qual seu filho tambem por dependencia do mesmo caso do cerco de Tangere era captivo, e fôra dado por arrefens em Portugal.
E posto que então fosse mancebo, por haver n'elle muita discrição, foi-lhe respondido com abastante commissão para o acabar como D. Fernando seu pae: mas Lazaraque-Martin governador d'El-Rei de Fez, não sómente não deu logar que o Infante fosse tirado de Fez para Arzilla, ou para algum outro poder, como por Muley Buquer lhe fôra já requerido, mas ainda quando depois soube que a vontade d'El-Rei e do Regente era que todavia Ceuta se desse, e que o conde D. Fernando se fosse, para que D. Alvaro de Castro com poderes abastantes era vindo, disse «que era contente se lh'a entregassem primeiro, e que para segurança dos christãos, elle por Mafamede e por sua Lei faria juramento, em que como d'ella fosse apoderado, logo entregaria o Infante D. Fernando, e que esta era segurança assi abastante e segura para os christãos, que com ella não deviam ter d'elle receio nem sospeita alguma»!
E depois de os embaixadores lhe desfazerem com razões sua opinião e haverem entre si sobre o caso muitas altercações, finalmente se concordaram «que Muley Buquer notificasse a vinda dos embaixadores a Muley Buzaceri, Rei de Fez, em cujo poder o Infante estava, e que se n'este feito desejava boa conclusão, que tornasse o Infante a Arzilla, e como alli fosse, se o conde D. Fernando logo por elle não entregasse Ceuta como era concordado, que então se teriam outros meios com que sem escusa se fizesse». D'esta conclusão foi o mouro contente; sómente disse «que emquanto elle n'isto entendia, elles se viessem a este reino e com El-Rei procurassem que da sua tornada em Africa viesse logo com elles outra pessoa, e com taes provisões a que Ceuta logo se entregasse e tirasse do poder o conde».
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