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E até mesmo reconhecia alguns dos mais esforçados, que agora, com o repassar constante do Poemeto do tio Duarte e o Videirinha gemendo fielmente o seu «fado», lhe andavam sempre na imaginação... Aquelle além, com o brial branco a que a cruz vermelha enchia o peitoral, era certamente Gutierres Ramires o d'Ultramar, como quando corria da sua tenda para a escalada de Jerusalem.

O seu uso durou por toda a idade media, e era ainda lembrado nos fins do seculo decimo-sexto, em que o auctor, ou traductor, do Palmeirim d'Inglaterra tantas vezes o menciona. Nas leis sumptuarias de Alfonso IV não se tracta é verdade de tal vestido; mas a razão d'isso é obvia: o brial era trajo militar, e aquellas leis versam sobre o vestuario civil.

Um dos cavalleiros mais bizarros da romaria era tambem um ecclesiastico; pelo menos assim o demonstrava um roquete, que sobre armas soberbas vestia em vez de brial. De burlesco para a gente que guarnecia as muralhas, as torres, os eirados e soteas nada havia nesta procissão; de marcial havia muito, tudo, a avaliar pelo enthusiasmo com que a saudavam, e pelos vivas que se juntavam ás saudações.

E caminhando nos ladrilhos sonoros, desde a lareira até ao arco da porta cerrado por uma cortina de couro, Tructesindo, com a branca barba espalhada sobre os braços cruzados, escutava Mendo Paes, que, na confiança de parente e amigo, jornadeára sem homens da sua mercê, cingindo apenas por cima do brial de cinzenta uma espada curta e um punhal sarraceno.

Mas, quando Ordonho offegante se apressava para a Alcaçova, encontrou no pateo Tructezindo Ramires que, na irada impaciencia d'aquellas delongas do Bastardo, descera, todo armado. Sobre o comprido brial de verde-negra, que recobria a vestidura de malha, as suas barbas rebrilhavam, mais brancas, atadas n'um grosso como a cauda d'um corcel.

Na ordenação affonsina L. 1.°, til. 63, § 21, se manda cingir a espada ao movel sobre o brial. O diccionario de Moraes affirma que o brial era o manto dos cavalleiros: é um dos bastos destemperos daquella babel da lingua portugueza. Eis o que diz o auctor do poema do Cid, escripto no meiado do seculo decimo-segundo, falando no brial.

E emquanto os cavalleiros de Bayão aguentam assombradamente o denso cerco de lanças, que os envolvera um rôlo de peões, em dura grita, como mastins sobre um cerdo, arrastam o Bastardo para a lomba do outeiro, onde lhe arrancam broquel e adaga, lhe despedaçam o brial de rôxa, lhe quebram os fechos do elmo, para lhe cuspirem na face, nas barbas côr de ouro, tão bellas e de tanto orgulho!

O conde D. Pedro vestia sobre ricas armas de Toledo cheias de relevos, esmaltes e embutidos, um brial côr de cereja, onde, em vez do brasão proprio, havia bordadas chammas de ouro, e no escudo, esmaltado da mesma côr rubra, e taxeado de ouro, lia-se a palavra «Cuydado» entre duas palmas, que enramavam um sol feito de espadas.

O brial do conde fez-­se em farrapos, enrodilhado pela machadinha; o ginete em que montava D. Affonso, ferido na cabeça, apesar de acobertado de ferro, cahiu na arena levando o cavalleiro. Os gritos da multidão, como nos circos romanos, eccoaram pelos montes visinhos. A , a ! gritaram alguns cavalleiros enthusiasmados, exigindo a egualdade de combate.

Em grande parte extrahido quasi textualmente da Carta d'Arrhas de Leonor Telles, datada de Eixo aos 5 de Janeiro de era de 1410 . O brial era uma especie de camisola que os cavalleiros vestiam sobre as armas, e por cima da qual apertaram o cincto da espada. Tambem o vestiam sobre os pannos interiores quando andavam desarmados.

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rivington

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