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Eramos assim em 1867! Tudo perdido! Perdida a minha gardenia, perdida a immundicie estoica do meu camarada! O snr. Alguns annos passaram. Trabalhei, viajei. Melhor fui conhecendo os homens e a realidade das coisas, perdi a idolatria da Fórma, não tornei a lêr Baudelaire.

Achando apenas silencio e escuridão onde tinham sonhado venturas, ou davam em bebedos como Espronceda, ou suicidavam-se como Nerval, ou faziam-se cynicos, á maneira de Baudelaire, cultivando com amor as Flores do Mal.

Baudelaire, mostrando á sua amante na Charogne a carcassa pôdre do cão e equiparando em ambas as miserias da carne, era para mim de magnifica surpreza e enlevo: e diante d'esta crespa e atormentada subtilisação do sentir, que podia valer o facil e velho Lamartine no Lago, mostrando a Elvira a cansada lua, e comparando em ambas a pallidez e a graça meiga?

Sebastião de Magalhães Lima Jaime Lima e o seu refugio A sua vida moral e mental Ideias de Malebranche, Pascal, Moutesquieu, Guyau, Amiel e Fouillée Constant Martha e Lucrecio e Epicuro Jesus-Cristo e Tolstoi A Terra Impopularidade voluntaria Heroismo perfeito Filósofo na poesia, sociólogo no romance, pensador na crítica Apostolos da Terra Amostras de estilo Via Redentora Vozes do meu lar Um belo excerto Eduardo Schuré Defeitos Melchior de Vogüé O que seria desejavel na obra de J. de M. Lima O romancista Superioridade notavel Julio Dinis e Camilo A unica lei duravel da estetica positivista Uma animação de Lessing Lessing e Winchelmann A influencia de Platão e do pintor Oeser J. de M. Lima e Balzac, Victor Hugo, Flaubert e Tolstoi Eça de Queiroz e Julio Dinis O romance Na paz do Senhor Qualidades excelentes Nem Pangloss nem Baudelaire Tipos verdadeiros Os romances No Reino da Saudade e Sonho de Perfeição Verdadeiros modelos O critico Menor e servo S. Francisco d'Assis Esquecimento das obras de Prudenzano e Pardo Bazan Guerra Junqueiro Leonardo Coimbra Superioridade de J. M. de Lima Alexandre Herculano e José Estevão Nem Planche nem Sainte-Beuve Balzac e Werdet Alfredo de Vigny José Estevão, Danton, Robespierre, Lamartine e Mirabeau Fernandes Tomás e A. José d'Almeida A conclusão dum belo livro Serenidade nos processos criticos Porque destacamos a figura de J. de Magalhães Lima.

As Flôres do Mal continham apenas resumos criticos de torturas moraes que Baudelaire muito finamente comprehendera, mas nunca pessoalmente sentira. A sua obra era como a d'um pathologista, cujo coração bate normal e serenamente, emquanto descreve, á banca, n'uma folha de papel, pela erudição e observação accumuladas, as perturbações temerosas d'uma lesão cardiaca.

Edgard Pöe, Alfred de Musset e Baudelaire, envenenados pelo alcool, são hostias immoladas a um meio social responsavel são retortas de crystal feitas pedaços pela paixão. O Sena cospe ás margens, cada mez, dezenas de suicidas que apenas tem vinte e quatro horas de nojosa exposição na Morgue. São os cacos da retorta de barro dissolvidos em lama.

Na pura litteratura, que nos deixou o Conde de Ficalho? Escreveu o nosso consocio, o conde de Sabugosa, que elle distinctamente versejava na inspiração acidula de Baudelaire e na dolente cadencia de Musset.

Metallica visão que Charles Baudelaire Sonhou e presentiu nos seus delirios mornos, Permitta que eu lhe adule a distincção que fere, As curvas de magreza e o lustre dos adornos! Deslise como um astro, uma astro que declina; Tão descançada e firme é que me desvaria, E tem a lentidão d'uma corveta fina Que nobremente n'um mar de calmaria. Não me imagine um doido.

E assim é facil, por um contraste notavel, n'um dado espirito poderem ter operado as influencias da leitura de Proudhon, de Cicero, de Vico, de Dante, de Baudelaire, de Renan, Voltaire e de S. Agostinho, e d'ahi depois crear-se uma entidade tão diversa d'estas entidades em particular, que nenhum d'elles o teria por discipulo.

E, durante o tempo que assim remámos n'esta decoração pharaonica para a morada do Sheik de Abou-Kair, fui argumentando com o poeta das Lapidarias, e enunciando emfim, na defeza de Hugo e Baudelaire, as coisas finas e tremendas com que o devia ter emmudecido n'aquella tarde de agosto! O arraes cantava os vergeis de Damasco.