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Atualizado: 3 de junho de 2025
Mas se este aspero e funebre espiritualismo de Baudelaire me chegasse expresso na lingua lassa e molle de Casimir Delavigne eu não lhe teria dado mais apreço do que a versos vis do Almanach de Lembranças.
E, muito grave, confessei que para mim Baudelaire dominava, á maneira d'um grande astro, logo abaixo d'Hugo, na moderna Poesia. Então Fradique, sorrindo paternalmente, afiançou que bem cedo eu perderia essa illusão! Poesia subentendia emoção: e Baudelaire, todo intellectual, não passava d'um psychologo, d'um analysta um dissecador subtil d'estados morbidos.
E que cousa é a ancia, a ancia em si, senão o limiar privilegiado dessa Vertigem Pura, o seu sintoma magnifico, a sua acentuação humana?... Ao indefinido na arte aspiramos pois, a um indefinido cheio de tortura, «rafiné» como o que o génio de Baudelaire compreendeu e quando essa tortura do Indefinido enche o intimo da nossa alma, então, cheia d'ancia e, assim, Nietzsche quasi a desejou ela quasi atinge o paroxismo eterno da Existencia que toda se debate na Vertigem Infinita!
Eu não sou o fatal e triste Baudelaire; Mas analyso o Sol e decomponho as rosas, As rijas e crueis dahlias gloriosas, E o lyrio que parece o seio da mulher. Tudo que existe ou foi, morre para nascer; Na campa dão-se bem as plantas graciosas, E, um dia, na floresta harmonica das Cousas, Quem sabe o que serei quando deixar de ser! A Morte sae da Vida a Vida que é um sonho!
Outros soffreram tambem, outros penaram eguaes dores, sem conseguirem porem estrangular os monstros que defendem os áditos do templo da Sabedoria. Heine e Espronceda, Nerval e Baudelaire viveram vidas inteiras n'esse estado de ironia e de sarcasmo, de desespero e de raiva, de orgia e de abatimento, de furia e de atonia, que para ti representam quatro annos apenas!
Poderiamos ignorar, por ventura, não poucas vezes, as lições estopantes dos compendios da aula; mas o que, com certeza não ignoravamos, eram as mais modernas estrophes de Moréas e Verlaine, toda a obra poetica dos parnasianos, os poemas marmoreos de Leconte de Lisle, e as rimas acirrantes e esplendidas de Baudelaire.
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