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Mas aquelles patifes, de punhaes desembainhados, sanhudos, faziam esgares! E a desditosa amante do Principe, entre soluços e lagrimas, pensava: Que demonio tem hoje o D. Affonso? O rei via a canja, os olhinhos da gordura, o arroz muito branco... E arregalava o olho e abria a venta! Ah! que delicioso quadro!

No meio d'uma feira, uns poucos de palhaços Andavam a mostrar em cima d'um jumento Um aborto infeliz, sem mãos, sem pés, sem braços, Aborto que lhes dava um grande rendimento. Os magros histriões, hypocritas, devassos, Exploravam assim a flor do sentimento, E o monstro arregalava os grandes olhos baços, Uns olhos sem calor e sem intendimento.

Csi, csi, e arregalava o olho, guardado no seu esconderijo, rindo muito, sem fazer barulho, quando os cães rasgavam as saias das raparigas ou as calças dos homens, e muito mais quando lhe appareciam de rojo, após a lucta, levando ainda nos dentes boccados de carne em sangue.

Depois, nem me permittiu pasmar diante d'aquellas dourejadas e espelhadas lojas que elle outr'ora considerava como os «preciosos museus do seculo XIX»... Não vale a pena, Fernandes. Ha uma immensa pobreza e seccura d'invenção! Sempre os mesmos florões Luiz XV, sempre as mesmas pelucias... Não vale a pena! Eu arregalava os olhos para este transformado Jacintho.

E Jacintho, para quem elle mais especialmente arregalava os olhos tristes, e que aquella miseria, e a sua muda humildade, embaraçavam, acanhavam horrivelmente, soube sorrir, murmurar o seu vago: «Está bem, está bem...» Fui eu que dei ao pequenito um tostão, para o fartar, o despegar dos nossos passos.

Alli ficavamos pois baldeados, perdidos na serra, sem Grillo, sem procurador, sem caseiro, sem cavallos, sem malas! Eu conservava o paletot alvadio, d'onde surdia o Jornal do Commercio. Jacintho, uma bengala. Eram todos os nossos bens! O Pimentão arregalava para nós os olhinhos papudos e compadecidos.

Cruzei os braços, num justo espanto. ¿Mas os caixotes êsses caixotes remetidos para Torges, com tanta prudência, em abril, repletos de colchões, de regalos, de civilização?... O caseiro, vago, sem compreender, arregalava os olhos miudos onde bailavam lágrimas. Os caixotes?! Nada chegára, nada aparecera.

Os caixotes, mandados de Paris, em fevereiro, ha quatro mezes?... O desgraçado Melchior arregalava os olhos miudos, que se embaciavam de lagrimas. Os caixotes?! Nada chegára, nada apparecera!... E na sua perturbação mirava pelas arcadas do pateo, palpava na algibeira das pantalonas. Os caixotes?... Não, não tinha os caixotes! E agora, Fernandes?

Mas não passou da porta do quarto, recommendando á pequena, que arregalava uns olhos de febre, muito abafada na roupa, «não se descuidasse das suas oraçõesinhas de manhã e á noite». Aconselhou á Amparo alguns remedios, que eram milagrosos no sarampo; mas se a promessa fôra feita com , a menina podia-se considerar curada... Ai, todos os dias dava graças a Deus de se não ter casado!

E immovel, com a mão agarrada á infusa, o Melchior arregalava para nós os olhos em infinito assombro e religiosa reverencia. Ah! Jantamos deliciosissimamente, sob os auspicios do Melchior que ainda depois, próvido e tutelar, nos forneceu o tabaco. E, como ante nós se alongava uma noite de monte, voltamos para as janellas desvidraçadas, na sala immensa, a contemplar o sumptuoso céo de verão.

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