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Atualizado: 27 de maio de 2025
Bebia primeiro, bebia depois, bebia no fim; e desatava a cantar que nem um rouxinol. Ora, depois d'isto, em que tenho a gloria de ser o Plutarcho d'este heroe, vejam se andei mal, chamando-lhe Anacreonte de Candemil.
No entretanto a cigarra de Anacreonte vae cantando sobre a copa da proverbial olaia: e o Saturno portuguez, tomando á sombra d'ella o café confortador, para mais facil digestão dos tenros cordeirinhos que a cigarra tosquiou, e elle comeu para ficar sosinho no seculo actual como agente, e os bôlos litterarios nacionaes como pacientes.
Pretenderam accolher-se ao mesmo beneficio os philosophos, mas não lhes foi consentido pela rainha Opinião, que é soberana absoluta e juiz supremo de que se não appella nem aggrava ninguem. Anacreonte cantou, de cabellos brancos, os seus amores, e não se extranhou. Aristoteles mal teria a barba russa quando foi d'aquelle seu último namôro porque ainda hoje lhe apouquentam a fama.
Algum dia dirá de si a historia da litteratura patria que foi um escriptor sempre moço, que sabia com o seu espirito enganar a idade, quando ella the acenava de longe, e que no dia em que lhe nasceu a primeira branca atirou ainda a umas bailarinas que iam passando com um bonito bouquet, um adoravel folhetim, de sorte que ellas, apesar d'uma ruga e de uma can igualmente traiçoeiras, tiveram inveja á sua mocidade e ao seu temperamento, como eu, que sinceramente o confesso, e se lembraram de Anacreonte, que morreu a sorrir, coroado de flôres.
Em Coimbra: ás 5 horas da madrugada do dia 20 de novembro de 1865; ao concluir um innocente e util trabalho em que se pretende demonstrar, que ao cantar da segunda cigarra de Anacreonte, sob a copa da frondosa olaia do Saturno portuguez, se está forjando o dogma da infallibilidade litteraria do sobredito senhor; proclamando o dom da inerrancia do mesmo; resuscitando um odio velho contra a universidade de coimbra; condemnando o producto espontaneo do trabalho intellectual, livre e independente; fazendo sordida mercancia do futuro a quem mais der ; permutando a lisonja vilan pelos 30 dinheiros pharisaicos; transigindo ignominiosamente com as paixões egoistas da actualidade a troco das ovações da burguezia, senhora das situações prosperas e beneficentes.
Como não vês; ajudo-te.» Entre elles morreu. O seu cadaver depositado na livraria parecia escutar, na concentração placida dos cegos, o que Virgilio estava dizendo e Anacreonte cantando no silencio eterno dos livros. A bibliotheca de Gomes Monteiro era uma necrópole immensa. A antiguidade tinha ali, fechados em pergaminho, os seus thesouros classicos.
Eu, pobre de intelligencia, mas amigo do trabalho, do fundo do meu retiro, da minha mansão de paz, minguada de tudo, menos de boa-vontade, estava contemplando com amor, até mesmo com desvanecimento, esta liberdade de pensar, estas auroras novas, este volitar de ideias, este grangeio livre de alimentos futuros, este caminhar de cada um a sabor da propria responsabilidade, sem nem sequer me lembrar da cigarra de Anacreonte e de que houve outr'ora uma Divindade que comia os proprios filhos; de subito vejo um membro da commum abandonar a christandade com a obra debaixo do braço....
Tracta-se do unico privilegio dos poetas que tambem os philosophos quizeram tirar, mas não lhes foi concedido; aos romancistas sim. Exemplo de Aristoteles e Anacreonte. O A., tendo declarado no capitulo nono d'esta obra que não era philosopho, agora confessa, quasi solemnemente, que é poeta, e pretende manter-se, como tal, em seu direito.
¡Como eu ampliava tudo aquillo com a varinha de condão da phantasia! a um lado, a alcova nupcial, com suas janellas cortinadas de verde pela frondosidade do pomar contiguo; a outra parte, a saleta do fogão para o inverno, dominado aos bustos de Sapho e Anacreonte, a olharem para as estatuas de Homero e de Virgilio; aqui, a livraria com a mesa para a escripta, e dois espaldares de braços; a casa de jantar com sua fonte e viveiro de aves, e a porta larga e envidraçada aberta para a horta ajardinada; e a voz de Maria, a presença de Maria, a musica do seu vestido, o calor da sua bondade alegre e vigilante, por toda a parte.
«A Grecia conhecerá toda as delicias, desde as dansas em côro nos pincaros do Taygeto até ao banquete de Aspasia; desde o sorriso de Alcibiades até á austeridade do Portico; desde a canção de Anacreonte até ao drama philosophico de Eschylo e aos sonhos dialogados de Platão.»
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