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Atualizado: 29 de maio de 2025


Dissolvendo as fabulas do «AMADIS» em factos historicos, como elle proprio escreveu, pôde localisar a acção do romance no tempo de Ricardo Coração de Leão, enxergando no disfarce da allusão, motivado pelas exigencias da época, uma perfeita concordancia historica, e logrou chegar á conclusão de que Vasco de Lobeira não foi o auctor d'essa famosa novella do ciclo cavalheiresco.

Sabe-se que foi natural do Porto, e armado cavalleiro por D. João I antes de começar a batalha de Aljubarrota. Viveu a maior parte da sua vida em Elvas, e morreu em 1403. Escripto muito antes da invenção da imprensa, o Amadis correu manuscripto até o tempo de D. João V; porque os nossos antepassados nunca tiveram a curiosidade de o imprimir.

Antes que passemos adiante cumpre-nos accrescentar aqui alguma coisa acêrca do Amadis, de que largamente falámos nos artigos publicados, e vem a ser um testemunho que corta por uma vez a questão da sua originalidade.

Tresleu com livros de cavallarias, e tão varrido está que não fala em al, senão em um que anda imaginando, e a que poz o nome Amadis. Para um mesquinho parvo e sandeu pouco basta, e vossa real senhoria bem sabe que a minha escassa quantia mal chega ..." "Calae-vos, calae-vos; que isso é negro e vil; bradou elrei, redobrando-lbo o horror que tinha pintado no rosto.

Na carta a Thomaz Norton escrevêra José Gomes Monteiro em nota á pag. 17: «Aproveitarei esta occasião para dizer... que um dos mais famosos monumentos d'esta litteratura cavalheiresca, e que tão distincto logar deverá ter na historia litteraria do nosso paiz, o Amadis de Gaula é de todos os romances de cavallaria o mais notavel pelos elementos historicos de que se compõe.

Não nos cabendo neste logar tudo o que temos de dizer acêrca do Amadis, o deixaremos para segundo artigo, continuando nos subsequentes com a historia das outras novellas de cavallaria portuguesas. Amaclis de Gaula

E o outro menino era... eu! Direi alguma cousa nos pontos em que o correspondente do Porto foi omisso. Eu vestia casaca preta de abas em triangulo isosceles com a gola em promontorio, convexa, redonda e algum tanto sebacea. Na lapela esfarpellada alvejava uma camelia, symbolisando tenção amorosa á mingoa da charpa dos Amadis e Lancelotes, meus heroicos antecessores.

Citámos mui de proposito no primeiro artigo as palavras de Garciordonez, que diz emendara os tres livros de Amadis, que andavam viciados, e trasladara o quarto. Aqui o verbo trasladar, é claro que não póde significar senão traduzir, o que mostra a olhos desapaixonados que a obra não era originalmente hespanhola. Seria francesa? Dizemos, sem duvida alguma, que não.

A epocha escolhida pelos romancistas de cavallarias para nella collocarem os seus heroes fabulosos é indeterminada em todas as novellas. A do Amadis, ainda que bastante incerta, é menos vaga. O heroe viveu muito antes do celebre Arthur ou Artus, rei de Inglaterra: mas quando este país e o de França eram christãos.

Ali, dissolvendo as tabulas do Amadis em factos historicos, darei a mais completa theoria, que ainda appareceu, do modo de inventar dos trovadores da meia-edade. O maravilhoso episodio de Endriago, a mais bella concepção de todos os romances de cavallaria, ficará sendo um exemplo inapreciavel de como o espirito humano fórma o mytho, nas edades primitivas da litteratura

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